sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito

APRESENTAÇÃO DA ALUNA

Alessandra Aguiar Fernandes

Sou Alessandra e tenho 23 anos. Estou no sexto período de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Escolhi esse curso porque sempre fui fascinada pelos “mistérios da mente” e acredito que, escolhendo a Psicologia como profissão, exercerei a função de conhecer o outro, por meio do qual, muitas vezes, conhecerei melhor a mim. Além disso, esse curso tem disciplinas voltadas à compreensão das pessoas, o que indica, indiretamente, a compreensão de questões particulares, o que está fazendo com que eu trilhe também o caminho do autoconhecimento. Acima de tudo, meu intuito é me dedicar à minha escolha e exercer essa profissão com profissionalismo, disciplina e, principalmente, ética.

“Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito”.





Em suma, posso afirmar que sou uma pessoa motivada, interessada e com disposição para ingressar em novos desafios. Reconheço que tenho muito que aprender. Todavia, é com o objetivo de adquirir novos conhecimentos e ser uma boa profissional é que percorro, sem desistir, esse caminho, que não é fácil, mas que é instigante.

.“Peço-lhe que pare de ficar se desculpando por ter a profissão mais importante do mundo.”

William G. Carr







PERCURSO DA APRENDIZAGEM DA ALUNA



Descrever minha trajetória escolar é um trabalho que nunca imaginei que faria, mas que pode ser uma tarefa interessante, e, como citado, proporcionar um maior autoconhecimento e trazer à tona momentos escolares importantes e que devem ser considerados.

Eu era uma criança extremamente nervosa até os 02 (dois) anos e 06 (seis) meses. Queria permanecer, constantemente, com meus pais e não aceitava ficar com outros familiares. Por isso, eles (meus pais) concluíram, por bem, que eu deveria ser introduzida no contexto escolar, para que eu conhecesse outras crianças e desenvolvesse relações com outras pessoas do círculo social no qual estava inserida.

Assim, com 03 (três) anos, ingressei em uma escolinha infantil, o que, segundo relatos de meus pais e familiares, alterou significativamente minha maneira de agir com outras pessoas, tornando-me, em seguida, uma criança tranqüila e que relacionava-se bem com os demais sujeitos do meu meio social.

Desde essa fase escolar, fui incentivada a dedicar-me aos estudos, já que, de acordo com meus pais, o estudo era o que poderia proporcionar-me um “futuro” onde eu não dependeria, pelo menos financeiramente, de outras pessoas. Além disso, para eles, o conhecimento, adquirido através dos estudos, é o único bem que nenhuma pessoa consegue retirar de uma pessoa. A minha dedicação pela escolar sempre foi guiada por essa frase.

Um momento bastante marcante em minha “vida escolar” foi o ano no qual realizei o terceiro período pré-escolar, onde, apesar de ser considerada uma das melhores alunas, tinha uma grande dificuldade na utilização das letras M e N antes das consoantes, o que fez com que minha professora pedisse a presença de um responsável na escola, no que compareceu minha mãe. Após a conversa entra as duas (mãe e professora), minha professora ensinou-me uma música da qual nunca esqueci e que tornou-se de grande valia para meu contexto escolar, que ainda estava por vir.

Durante o ensino fundamental, fui uma aluna extremamente dedicada aos estudos, tornando-me uma das alunas com maiores notas na sala, o que sempre causou-me uma sensação intensa de prazer. Certamente, meus resultados originavam extrema satisfação em meus pais, resultados estes que faziam com que eles (pais) tivessem ainda mais vontade de comprar livros e enciclopédias e incentivassem-me a lê-los. Não obstante, em hipótese nenhuma, nesse momento escolar, senti-me sobrecarregada. Pelo contrário, esse investimento de meus pais fez com que, hoje, eu seja uma pessoa que aprecia a leitura e, nos momentos em que há tempo disponível, leia obras pelas quais interesso-me. Além disso, cresci vendo meus pais apreciando a leitura, o que também foi estimulante.

Nesse período escolar, fui considerada, por vários colegas de classe, como uma aluna “certinha”, “CDF”, “crânio” e, por isso, muitos desses colegas queriam fazer provas e trabalhos comigo. Eu sempre achei importante ter um boletim com altas notas e, quando aproximavam-se as datas de provas e trabalhos, ficava extremamente preocupada, já que apresentava uma necessidade, particular, de sempre tirar “total” nas provas e trabalhos escolares. O mais interessante é que nenhuma pessoa, em meu contexto, pressionou-me para que eu fosse a “melhor aluna da classe”. Ao contrário, e isso especialmente pelo meu pai, que, desde essa época, até hoje, apelidou-me de “Caxias”: essas pessoas sempre afirmavam que a minha dedicação aos estudos ultrapassava, até certo ponto, os limites, já que não conseguia suportar a idéia de tirar uma nota baixa (Nota baixa, para mim, nesse momento escolar, era 08 em 10!). Essa demanda em ser um “modelo de aluna” sempre foi particular.

No ensino médio, pouca coisa em meu contexto escolar alterou-se. Continuei dedicando-me fielmente aos estudos, fazendo o possível para ser uma excelente aluna. Durante os campeonatos escolares, onde várias classes que estavam na mesma série disputavam entre si, fiquei, em todos eles, em primeiro lugar, o que fazia com que os professores me citassem como exemplo. Todavia, o que me vangloriava não era o fato que causar “boa impressão” nos professores, e sim, em mim.

O momento de mudança brusca na vida escolar foi minha inserção no contexto acadêmico, já que, a partir daí, vi-me sem tempo de dedicar-me, da maneira como eu sentia que deveria, aos estudos, impossibilitada por diversos motivos, especialmente o trabalho que, cada vez mais, fazia (e faz) com que minha disponibilidade para os estudos diminua consideravelmente, o que frustra-me, muitas vezes. A entrada em uma universidade foi uma das minhas metas mais almejadas e, a não dedicação a esse processo, torna-se decepcionante. Apesar disso, tento, ao máximo, usufruir todo o conhecimento fornecido no meio acadêmico, já que atuar como psicóloga, ou em qualquer outra profissão exige, acima de qualquer coisa, dedicação e persistência.

Quando soube que teríamos uma disciplina que tratava da associação entre psicologia e Educação, interessei-me prontamente, antes mesmo que tivesse início o semestre letivo.

Acho realmente atraente a área educacional, apesar desta não ser, no momento, a minha opção para uma futura atuação como profissional.

Apesar desse pronto interesse, sou uma pessoa extremamente resistente a seminários, já que tenho dificuldade de expressar-me (mesmo sabendo o conteúdo) e de estar atenta a todas informações fornecidas pelos colegas.

Contudo, não há como questionar a importância e a qualidade dos temas abordados pela disciplina, tão indispensáveis para a formação não somente do psicólogo, mas de um profissional comprometido com a educação e todas as conseqüências que ela tem. Verifiquei quão escassos são os psicólogos que atuam nessa área, devido a uma infinidade de fatores, afirmando ainda ser fundamental profissionais qualificados e habilitados para atuarem na área educacional, o que foi amplamente abordado nas aulas.

Outro ponto extremamente relevante, a meu ver, é, mesmo que inicialmente sendo bastante resistente, consegui me expressar com mais firmeza e tranqüilidade, pois, até então, tinha sérios problemas na apresentação de trabalhos e seminários. Nessa disciplina, onde tornou-se necessário que todos os integrantes do grupo falassem, ajudou-me nesse aspecto.

E, finalmente, afirmo o quanto foi enriquecedora e brilhante a discussão da turma com a professora, onde ambas as partes colocaram seus pontos de vista e serem respeitados, o que gerou uma comunicação mais pacífica entre os alunos e professora. Em toda a trajetória acadêmica, foi a primeira vez que a turma conseguiu posicionar-se de forma tão eficaz. Ficam, assim, meus sinceros agradecimentos a você, Glória, pelas diversas oportunidades de crescimento.



Aluna: Alessandra Aguiar Fernandes - Noite
Grupo: Psicopensando

Postado por Gestão & Cuidado Noite às 12:03 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz

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