Portifólio
(...)Me encontrei no curso de Psicologia. Por isso, quanto mais aprendo, mais quero aprender. Admito que, antes de efetivamente me inscrever para obtenção de novo título na universidade, cogitei, por um momento, a possibilidade de me enveredar para os lados da medicina com o único intuito de estudar psiquiatria. Mudei rapidamente de ideia depois de lembrar que, para chegar à psiquiatra teria que enfrentar um curso de 6 anos mais uma especialização. Além disso, a psiquiatria tem restrições que a psicologia não tem em relação ao que eu pretendia aprender sobre o ser humano. Assim, não é de se espantar que disciplinas como neurobiologia, neuroanatomia e neuropsicologia, bem como a psicopatologia estão no rol daquelas que mais gosto. A loucura me facina. Quando penso a seu respeito, não consigo evitar acreditar que há mais coisas entre o céu e a terra a respeito da loucura do que julga nossa vã filosofia (ou psicologia, psiquiatria, etc…). E, nesse sentido, as neurociências representam grande contributo ao seu entendimento. Por isso, tenho me dedicado ao estudo das neurociências, especialmente na área de psicopatologia, e cogitando a possibilidade de inscrição no mestrado mesmo antes de concluir o curso de psicologia.
Estes estudos não estão atrelados ao curso. Leio e pesquiso por conta própria o que me interessa no assunto. Alguns livros que li recentemente me auxiliaram a pensar que aspectos das neurociencias aplicadas à psicologia me interessam mais. Embora seja um campo bastante promissor o da reabilitação neuropsicológica, creio que, devido à psiquiatria ser uma profissão medicalizante, cabe à psicologia o papel de pensar e abraçar assuntos mais amplos, que podem contribuir para a desmedicalização das psicopatologias e para o desenvolvimento das capacidades humanas.
Lista de livros interessantes sobre neurociências:
- “O erro de Descartes” de Antônio Damasio. Neste livro, o neurocientista português, hoje professor da University Southern California (EUA) explica que a ausência de emoção e sentimentos, na verdade, destrói a racionalidade ao invés de melhorar o processo de decisão.
- “Muito Além do Nosso Eu” de Miguel Nicolelis. O livro do neurocientista brasileiro, chefe do departamento de neurociências da Duke University (EUA) e um dos principais pesquisadores da inteligencia artificial, fala de como a tecnologia pode auxiliar e incrementar como o nosso cérebro cria o pensamento e a noção que o ser humano tem de si mesmo. Os estudos que lidera, podem ser a solução futura para várias doenças e condições de degeneração neurofisiológicas.
- “A evolução da mente”de Stanley I. Greenspan e Beryl Lieff Benderly. Neste livro, os autores revelam os seis níveis fundamentais que formam a arquitetura de nossas mentes e como trabalhar o seu desenvolvimento. A evolução destes níveis dependem de uma série de interações emocionais críticas, apesar de sutis, entre uma criança e quem a cuida. Assim, é possivel estabelecer melhores formas de trabalhar as relações familiares, escolares e polícias sociais.(...)
Excerto o portifólio de Caroline Castro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário