domingo, 23 de setembro de 2012

PRÁTICAS PSI


Boa noite, colegas!

Segue um trecho do portifólio de nossa colega Márcia. Boa leitura.


"...Através do Estágio Práticas Investigativas I, no segundo período, tive uma experiencia prática  que possibilitou um primeiro contato com um dos campos de atuação do psicólogo. Meu grupo de estágio escolheu realizar uma visita e também uma pesquisa na Laço, uma instituição sem fins lucrativos, fundada em 2002 pela psiquiatra Ines Julião. Foi uma excelente experiência, conhecemos todos os trabalhos que são realizados na Laço com os pacientes portadores de sofrimento mental, como por exemplo, as oficinas, teatros encenados pelos próprios pacientes, pintura, escrita de poesias dentre outras atividades que, além de possibilitar que eles se integrassem com outros, permitia uma expressão através da arte.
Nessa experiência, pude ver na prática uma das várias possibilidades de atuação do psicólogo, e o quanto é importante ver o sujeito como um todo, não reduzi-lo a sua doença ou a medicação. Muitos dos pacientes que frequentam a laço, segundo a psiquiatra responsável, eram pessoas que viviam somente a base de medicamentos. O que marcou nessa minha experiência, foi perceber que apesar do sujeito estar com algum problema mental, existem possibilidades de integrá-lo a atividades que auxiliem no seu tratamento, pois muitas vezes reduzi-lo somente ao medicamento, não promove a cura. Outro aspecto importante é o papel que a família exerce na melhora do paciente portador de sofrimento mental,  eu assim como meu grupo percebemos que também é necessário realizar um trabalho com a família, tanto para ajudá-los a conviver com o portador de sofrimento mental, como para que eles auxiliem na continuidade do tratamento. Conforme a psiquiatra responsável, a família algumas vezes não sabe como lidar com o doente, e acaba procurando meios de exclui-lo do convívio familiar, deixando-o internado em instituições psiquiátricas ou somente lhe dando a medicação...
A cada nova disciplina e experiência,  percebia a complexidade do campo da psicologia. Tornar-se psicólogo demanda muita reflexão sobre as práticas que serão adotadas, dos fenômenos psicológicos com os quais teremos que lidar e que isso irá demandar muito mais do que conhecimento teórico. Vai exigir uma postura ética e consciente, frente aos problemas que o sujeito apresenta. Essa contribuição não passa somente pelo campo da terapia ou análise, mas de compreender o sujeito como um todo, enquanto ser constituído por fatores biológicos, psíquicos, culturais e históricos. Nesse primeiro contato com o campo de atuação, percebi que, estar frente ao problema do sujeito exige que ele seja visto como ser humano, não basta somente escolher uma teoria  e uma prática e tentar enquadrá-lo nelas..."

 "Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.”
Carl Gustav Jung

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