quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Grupo: CONHECIMENTO QUE TRANSFORMA


REFLEXÕES ACERCA DE MEU PROCESSO DE FORMAÇÃO

 Por mais contraditório que possa parecer, meu percurso na Psicologia, foi iniciado através da Enfermagem. Não sei definir ao certo um único elo pelo qual realizei tal travessia. Sei dizer de meu sentimento de insatisfação, o qual surgiu logo no início de minha inserção na profissão de Técnico de Enfermagem. Após tal insatisfação, retomei algumas aptidões pré-enfermagem, as quais apontaram para a Psicologia. Posto isso, iniciei os meus estudos em Psicologia no Centro Universitário Newton Paiva. Entretanto, fui tomado por outra insatisfação, sentia-me quase que por completo desconectado do ambiente acadêmico da Newton Paiva. E foi assim que, movido pela necessidade de superar duas insatisfações, transferi-me para a PUC São Gabriel. Com a mudança curricular, oriunda de minha transferência, tornei-me o que nomeiam de “aluno irregular”, termo com o qual não concordo por completo, pois, sinto-me regular em relação às possibilidades mais amplas de escolhas curriculares.
Atualmente, percebo na PUC São Gabriel, um ambiente mais propício para o meu desenvolvimento como psicólogo, fato esse, expresso em alguns elementos, como amplas possibilidades de pesquisas científicas, maior abertura de diálogo com professores, bom reconhecimento do campo de trabalho com relação à Instituição, entre outros.
Em minha jornada na e com a Psicologia, percorri por áreas variadas, tais quais Psicologia Hospitalar, Psicologia Social, Psicologia Organizacional, Psicologia Educacional e Psicologia e Comunicação. Entendo a inserção por áreas distintas da Psicologia, como sendo bastante necessária para minha formação, pois, o mínimo conhecimento de diversas áreas, por mais especificidades que apresentem, possibilita mais ampla compreensão acerca da Psicologia e maior respaldo para escolhas mais acertadas e enriquecidas.
Reconheço no curso de Psicologia a sua necessidade de se fazer generalista. Muito embora, tal característica implique na necessidade do graduando de buscar alguns conteúdos pouco ou nada contemplados na grade curricular. Os estudos de diversos autores dos campos da Sociologia, Antropologia, Filosofia, Ciências Médicas, têm muito a contribuir para o nosso processo de formação, que, como processo, está sempre em aberto. Penso na necessidade - de acordo com as possibilidades da pessoa – de participação em atividades que estão para além do que nos é instituído. Sendo assim, é nesse processo que o graduando se faz psicólogo, articulando o já posto com a reinvenção de seus conhecimentos e práticas.

 Extraído do portifólio de Fabiano Mendonça

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