Grupo Psiconversas
Extraído do portífolio de Thais Aparecida
Um misto de sensações e sentimentos me invade agora.
Pensar na guerra particular que, cada vez, faz mais e mais vítimas.
Ainda não existe uma definição do que me invade ao certo:
Se é o medo de não saber o que fazer;
Se é o medo de fazer agoe e nada conseguir;
Se é medo das pessoas que sabem de tudo isso, fingirem que nada vêem;
Se eu temo pelas crianças que produzimos em casa, perfeitos bibêlos, perfeitas replicas de nós e do nosso sistema, completamente alienadas a realidade do mundo, e, que vão se haver com ela quando subirem os morros para buscar sua DROGA pra curtir um BARATO;
Não sei se é uma vontade pulsante de ser um ser humano melhor, de crescer, de repensar, de refletir, de buscar outro sentido e de fato olhar os seres como gente.
De acreditar em e ter mais fé em Deus esse cara que agora tenho a sensação que olha só pra mim tamanha a abundância de amor, de alimento, de vida, de vontade própria, de pode decidir o que eu quero, quando quero e de que maneira quero.
De olhar pro céu e questionar o que é isso, de onde vem isso, o porque disso, e onde vamos com tudo isso.
Saber que logo ali, ali na parada 174, vamos olhar pro Sandro e desmoronar porque não temos respostas, ou melhor, não temos SOLUÇÃO!
Em uma tarde, tudo aconteceu naquele onibus, percebemos ali por exemplo, o que a falta de ser amado, a história de uma vida miserável, unidos a um insight, uma arma, VITÍMAS!
Mas aquelas pessoas foram vitimas por uma tarde, ai vem a pergunta, e a vitima da vida toda? E as vítimas de nós mesmos? E as vítimas do sistema? A polícia, os bandidos, a sociedade!
E a constituição, pra quê?
Consigo sentir agora, assim, um boneco, uma peça de um sistema de interesses, uma massa produzida a pensar igual, uma alienação TOTAL E DESIGUAL.
Algo se torna angustiante diante da utopia mas, as pessoas precisavam conhecer o amor da maneira que eu conheço. É preciso que o amor no seres e pelos seres, abram as portas para a transformação.
E eu agora sinto vontade de dar uma aula de amor, de como é bom ser amado.
Não o amor que aprisiona mas aquele outro tipo, aquele que liberta, que dá asas. Aquele que na verdade nem sei, se sei amar.
Olho pra fora e penso, só o amor não basta, so o amor na adianta mas, ser amado, ser querido e ser respeito talvez, tivesse acontecido outras paradas mais não a PARADA 174.
Ainda estou abafada, afobada, afogada nesse revolto mar de medo, dúvida, incerteza, e o principal COMO SER UM SER HUMANO?!
Reflexão acerca:
Documentário: Ônibus 174
Produção Direção José Padilha
Co-direção Felipe Lacerda
Roteiro José Padilha
Género documentário
Idioma original português
Música Sacha Amback e João Nabuco
Cinematografia Marcelo Duarte e Cézar Moraes
Edição Felipe Lacerda
Distribuição Zazen Produções
Lançamento 22 de outubro de 2002.
SOARES, Luiz Eduardo. (2004). Juventude e violência no
Brasil contemporâneo. In: NOVAIS, Regina e Vannuchi.
Paulo. Juventude e sociedade (Orgs.). São Paulo, Editora.
Fundação Perseu Abramo.
Muito bom
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