Retornando ao texto Cuidado e reconstrução das práticas de Saúde, de Ayres (2004), me lembro que uma das discussões em sala, em Gestão e Cuidado, o professor João Leite nos chamou a atenção quanto ao fato de que a escuta diz respeito a uma postura mais passiva, enquanto o cuidado se mostra mais participativo. Isto porque a ação de cuidado ocorre entre dois ou mais indivíduos. Em vista disso, cada vez mais a atuação do psicólogo deixa de ser dual e passa a ser coletiva, apropriando-se do cuidado como processos psicossociais, que por sua vez, são mais amplos.
Devemos nos lembrar de que a prática do cuidado visa alguma coisa e portanto, ao falarmos desse mesmo cuidado, devemos nos ater ao fato de que não falamos de voluntarialismo, caridade ou algo parecido, mas sim de uma prática com embasamento teórico e ético, que propicie uma formação profissional de excelência, a fim de promover um atendimento qualificado.
O cuidado é a essência da Enfermagem, posso dizer isso por ser uma profissional da área. Pela primeira vez me vi pensando no cuidado como algo fora da minha profissão, mas inserido no contexto da Psicologia e achei fabulosa a colocação, pois dentro do cuidado se inserem outros termos, como movimento, interação, identidade e alteridade, plasticidade, projeto, desejo e muitos mais, que nos remetem ao universo da mente humana e seu psique.
AYRES, J.R.C.M. Cuidado e reconstrução das práticas de Saúde. Interfce – Comunic., Saúde, Educ., v. 8, n. 14, p.73-92, set.2003-fev.2004.
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