segunda-feira, 23 de maio de 2011

A reforma psiquiátrica brasileira e a política de saúde mental.

    "Grupo Psipensante"


No ultimo dia 18 de maio o Brasil comemorou  24 anos do início da luta antimanicomial. O nosso grupo julgou pertinente lembrar da importancia dessa data de tão importante significado para toda população portadora de sofrimento mental e para nós. psicologos em formação, que poderemos futuramente estar atuando nessa área. É bom sabermos como funcionava a forma de atendimento "a loucura" desde a idade média até pouco tempo atrás, antes da reforma psiquiátrica que só foi aprovada no Brasil em abril de 2001.
Após várias pesquisas tomamos conhecimento de um site de saude do governo que discorre de forma bastante clara sobre o tema, e ainda relembra aspectos e formas de funcionamento do Hospital psiquiátrico da Cidade de Barbacena, das residencias terapéuticas e do programa de volta para casa, que é um programa que regulamenta o auxilio-reabilitação psicossocial a portadores de sofrimento mental que tenham ficado por um longo período internados. Enfim trata-se de um site muito bacana e que com certeza nos ajudará no nosso processo de formação como profissionais e profissionais mais humanos.
Segue o link abaixo:


"A humanidade convive com a loucura há séculos e, antes de se tornar um tema essencialmente médico, o louco habitou o imaginário popular de diversas formas. De motivo de chacota e escárnio a possuído pelo demônio, até marginalizado por não se enquadrar nos preceitos morais vigentes, o louco é um enigma que ameaça os saberes constituídos sobre o homem.

Na Renascença, a segregação dos loucos se dava pelo seu banimento dos muros das cidades européias e o seu confinamento era um confinamento errante: eram condenados a andar de cidade em cidade ou colocados em navios que, na inquietude do mar, vagavam sem destino, chegando, ocasionalmente, a algum porto.

No entanto, desde a Idade Média, os loucos são confinados em grandes asilos e hospitais destinados a toda sorte de indesejáveis – inválidos, portadores de doenças venéreas, mendigos e libertinos. Nessas instituições, os mais violentos eram acorrentados; a alguns era permitido sair para mendigar..."
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A reforma psiquiátrica pretende modificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação como forma de exclusão social. Este modelo seria substituído por uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, visando a integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à comunidade.!

A rede territorial de serviços proposta na pela Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção psicossocial (CAPS), centros de convivência e cultura assistidos, cooperativas de trabalho protegido (economia solidária), oficinas de geração de renda e residências terapêuticas, descentralizando e territorializando o atendimento em saúde, conforme previsto na Lei Federal que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Esta rede substituiria o modelo arcaico dos manicômios do Brasil. A reforma psiquiátrica a desativação gradual dos manicômios, para que aqueles que sofrem de transtornos mentais possam conviver livremente na sociedade. Ocorre que muitos deles sequer têm nome conhecido, documentos, familiares, dificultando a reinserção social. Também não possuem acesso aos benefícios sociais oferecidos pelo Estado, como a aposentadoria e auxílio-doença.





Um comentário:

  1. Já temos um pouco mais de propriedade para lidar com esse tema visto que está sendo mais recorrente nos dois últimos períodos que cursamos.
    As políticas de saúde mental devem ter como pressupostos básicos a inclusão social e a conscientização e habilitação da sociedade para conviver com a diferença. É importante pensarmos na integração dessa política com outras políticas sociais no sentido de se somarem, como educação, trabalho, lazer, cultura, esporte e habilitação profissional para garantir o exercício pleno da cidadania.
    A concretização da Reforma Psiquiátrica demanda agilidade nesse processo de superação a fim de garantir o cuidado, a inclusão social e a emancipação das pessoas portadoras de sofrimento psíquico. Nessa nova perspectiva, é necessário que os municípios os desenvolvam, de acordo com as diretrizes que citamos, políticas de saúde mental mediante a implementação de uma rede de serviços substitutivos ao hospital psiquiátrico, integrados à rede de saúde que realize ações de proteção, promoção, prevenção, assistência e recuperação em saúde mental. É importante também que as novas modalidades desenvolvam práticas pautadas em relações que potencializem a subjetividade, a autoestima, a autonomia e a cidadania.

    Abraços,
    Juliana Rodrigues Gonçalves

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