segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Grupo: Psicologado

Movimento estudantil e a Psicologia


Estamos passando, no campus São Gabriel, por um momento delicado e importante no que diz respeito à participaçao política dos alunos nas questões relativas ao movimento estudantil. Recentemente, este movimento conseguiu o importante feito de dissolução de um DCE há muito corrupto e ineficaz. A mobilização dos estudantes do campus promoveu uma mudança política importante. No que se refere ao ensino e aprendizagem da Psicologia, sabemos que política é um assunto intrínseco à nossa formação. Por isso, trouxemos para reflexão um artigo sobre os impactos dos movimentos estudantis na formação do psicólogo.
Pode-se dizer que a Psicologia é uma ciência que há muito rompeu o vínculo exclusivo com a dominação, tornando-se em certa medida um “campo de batalha”. Gerações de psicologos brasileiros têm se colocado na contracorrente da tendência da dominação e a história da psicologia no país descreve os processos de crises, movimentos e embates.  Entretanto, a formação profissional do estudante repete este processo de lutas, por uma tensão de pensamentos que acabam por se constituir num fogo cruzado de disciplinas e teorias, divididas em conteúdos separados e inseridas na estrutura departamental das universidades. À medida em que avança no curso, cabe ao próprio aluno estabelecer um tipo de visão geral.  (Mortada, 2005)
Neste contexto, os militantes estudantis têm um papel fundamental. São eles que tomam iniciativas para a evolução do ensino superior em psicologia, propondo debates, eventos que discutem temas polemicos desta ciência, lutam por mudanças curriculares e se engajam em questões sociais, que de toda forma permeiam a psicologia.  Em outras palavras, são os críticos de um sistema de ensino baseados em conteúdos, que muitas vezes são distantes da realidade social que o profissional vai encontrar depois de formado; são eles quem lutam por uma universidade mais acessível a populações carentes, dentre outros. 

Referências: MORTADA, Samír Pérez. Formação do Psicólogo: Experiências de
Militantes Estudantis.
Revista Psicologia Ciência e Profissão, 2005, vol. 25(3), p.414-433

Um comentário:

  1. Realmente não podemos passar pela universidade alienados aos nossos direitos. Precisamos nos conscientizar e fazer valer todas as possibilidades que temos, nos tornando não só psicologos formados, mas psicologos pensantes e atuantes em nossa profissão.
    Amanda Lima - Grupo DAS DING

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