Relatório Sobre a palestra:
Roda de conversa: Os desafios e contradições da atuação do psicólogo no sistema prisional
Data: | 22/09/2011 (de 19:00 às 20:30 ) Local: Bloco C Sala 107 Os desafios e contradições da atuação do psicólogo no sistema prisional |
O sistema prisional é um campo de atuação relativamente novo para os profissionais da Psicologia e ainda existem dificuldades em levar uma política pública, para fazer-se valer, de fato, no cotidiano das ações do sistema prisional, a palestra trouxe questões deste contexto.
A palestra teve como objetivos abordar, como se dá o atendimento do psicólogo aos detentos, conhecer a atuação do psicólogo frente a situações de cárcere, entender como procede à separação entre mãe e filho no sistema prisional, identificar os efeitos da atuação do psicólogo no sistema prisional, identificando os desafios encontrados pela psicologia no sistema prisional citou a ressocialização, usou a expressão “O crime está no individuo”, também discutiu sobre a metodologia utilizada.
Percebemos que existem vários aspectos que interferem no sistema prisional, como a superlotação de presos, a reintegração dessas pessoas na sociedade, programas profissionais dentro das prisões, estrutura das instituições e o acompanhamento multidisciplinar básico, relatado pelas psicólogas na mesa de conversa. Todos esses fatores contribuem para o desenvolvimento da vida do sujeito privado de liberdade.
Na roda de conversa sobre os desafios e contradições da atuação do psicólogo no sistema prisional, foi convidado um detendo que relatou sua história de vida e sua opinião sobre a psicologia neste contexto. Segundo ele sua experiência com a psicologia foi horrível, relatou por causa que o laudo de um único atendimento de 15 minutos teve que cumprir mais dois anos em sua pena. O preso diz que a função de psicólogo e de extrema importância e responsabilidade e que se sentiu lesado com esta situação, generalizando negativamente os profissionais da área.
Consideramos de extrema relevância refletir diante o relato do detendo por se tratar de uma questão social. Buscando analisar os desafios que o psicólogo tem ao entrar na área prisional, pois sabemos que dificuldades existem devido a esse ambiente prisional está diretamente ligado à exclusão, à criminalização, às infrações as leis e regras, há também a questão da ética de trabalho do profissional.
Nós, como profissionais da saúde devemos ter uma postura de trabalho ética suficiente para provocar a mobilização e intervenções eficazes frente às condições de saúde deploráveis, os ambientes superlotados, a situação da privação de liberdade, atuando de maneira compressiva a esse ambiente, sendo um compromisso com direitos de cidadania a função do psicólogo que atua nesta área.
Também assisti a esta roda de conversa e gostei muito.
ResponderExcluirEu, particularmente, quando pensava sobre a atuação do psicologo no sistema prisional, a primeira coisa que me vinha à mente era o perfil criminal.
Esta roda levantou em mim uma série de questões interessantes sobre a real necessidade e útilidade deste perfil criminal e que tipo de trabalho e espaço os psicólogos tem feito nesse sentido.
Nem que fosse ninja, um psicologo conseguiria avalidar uma pessoa em 15 minutos como nos foi narrado na roda. Então que tipo de profissionais atual no sistema prisional? Será que o psicologo é realmente um profissional que os juizes usam para fugirem da responsabilidade? Será que são os proprios psicólogos que se poem nessa posição? O que falta na nossa formação para podermos ser mais que isso?
Por que alguns orientadores de cursos de doutorado poem dificuldades quando se trata de pesquisa sobre a atuação da Psicologia cognitiva Social e a neurociência na ressocialização dos detentos? Percebo na situação do detento um vasto campo de pesquisa social, emocional e mental, principalmente nos carceres das delegacias e nos presídios brasileiros.
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