* PASTURA, Giuseppe Mário C.; MATTOS, Paulo; ARAÚJO, Alexandra P. Q. Campos. Desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. In: Revista de Psiquiatria Clínica. UFRJ, Rio de Janeiro – RJ; 1999.
Desempenho Escolar e Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade
O artigo que escolhemos traz noções sobre a relação entre desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). O artigo traz a informação de que a desatenção pode ser apenas uma das conseqüências tragas pelo TDAH.
Pastura, Mattos e Araújo (1999), trazem que o TDAH repercute na vida da criança a levando à diversos prejuízos em múltiplas áreas, como a adaptação ao meio escolar, nas relações interpessoais e no desempenho escolar. Esses sintomas apesar de insuficientes para um diagnóstico, são freqüentes enquanto queixa do portador e/ou pais. O artigo traz também questionamentos sobre até que ponto o afastamento dessas crianças portadoras do TDAH das demais crianças, e as salas especiais são favoráveis à elas.
Também é abordada pelos autores a importância da aceitação familiar perante tal diagnóstico e consequentemente do apoio a criança e envolvimento em suas atividades escolares, bem como relação próxima com professores da criança, visando o seu bem-estar e desenvolvimento cognitivo. O artigo associou de uma forma muito clara o mal desempenho escolar (MDE) ao TDAH, e ressaltou a importância de buscar na criança portadora de TDAH quais campos do conhecimento se encontram afetados, o quanto estão afetados e quais mecanismos neuropsicológicos podem estar afetados.
O Mau desempenho escolar pode ser uma consequencia do TDAH, mas há controvérsias. Como uma pessoa que tem TDAH, afirmo que raramente tive um mau desempenho escolar, especialmente quando criança. Entretanto, apesar da desatenção e hiperatividade, era muito bem estimulada em casa. Mas reconheço as dificuldades que o transtorno tras a vida de alguem.
ResponderExcluirPor isso, penso se separar as crianças com TDAH não é um erro enorme. Na minha opinião seria dizer a elas que elas não sao normais e são incapazes de um bom desenvolvimento escolar, quando isso nao é verdade.
Penso que como psicologos, mesmo que em formação, ouvir as crianças tambem é fundamental. Nós adultos, as rotulamos de "TDAH", sem ao menos saber delas o que isso implica e que demandas elas tem como sujeitos. Por isso, penso que nosso trabalho não é rotula-las ou separa-las, mas ouvi-las e então desenvolver as habilidades necessarias para que elas possoam, sozinhas, aprender a conviver com o transtorno.