Sabemos que a Reforma Psiquiátrica propõe uma
mudança de tratamento da doença mental de forma que o paciente não seja
submetido a um tratamento de exclusão em um hospital psiquiátrico, mas visa uma
atenção ao doente mental que o reinsira a sociedade. Para a efetivação dessa
luta com o objetivo de substituir os manicômios foi criado o CAPS - Centro de
Atenção Psicossocial. O artigo a seguir intitulado como “Políticas de Acolhimento e de
Reinserção Social no CAPS Capilé” escrito por Vilene Moehlecke, tem como objetivo problematizar as
políticas de saúde mental realizadas no município de São Leopoldo, no CAPS Capilé,
ou seja, problematizar a humanização das práticas e a qualificação do
atendimento prestado, propondo a criação de dispositivos de reinserção social
dos portadores de sofrimento psíquico grave, por meio de três eixos: trabalho,
educação e arte. Desta forma, foram criadas algumas parcerias com o SINE como possibilidades
de trabalho dos usuários, com o SENAI no
intuito de realizar cursos profissionalizantes e preparatórios para o trabalho,
encaminhamentos para a secretaria de cultura para que os pacientes participem
de grupo de teatro, dança, pintura ou música, além das oficinas no próprio CAPS.
O artigo nos levou a pensar que o CAPS só irá
se distinguir dos
antigos manicômios a partir dessas práticas oferecidas, seja em seu próprio espaço por meio de oficinas
ou em parcerias com instituições. Diante dessas práticas o CAPS cumpre de fato
seu objetivo, isto é, possibilitar ao doente mental interação com a sociedade, o
resgate da autonomia e promoção da saúde.
Ao contrário disso será que podemos pensar no
CAPS como mini manicômios?
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