Boa noite, colegas!
Através da charge acima, expomos uma crítica a respeito da representação social de tratamentos psiquiátricos existentes na atualidade. Apesar das manifestações e lutas constantes para que o tratamento unicamente medicamentoso seja extinto, sabe-se que ainda é bastante comum que o foco de tratamentos psiquiátricos sejam diretamente ligados ao uso de medicamentos e a figura do médico como fundamentais para o tratamento.
Como modo de subsidiar e embasar nossa crítica, indicamos também o artigo "Usuários de um Centro de Atenção Psicossocial: um estudo de suas representações sociais acerca de tratamento psiquiátrico", que pode ser lido no link disponibilizado abaixo. Neste artigo as autoras falam sobre o medicamento como uma tentativa de modificar ou corrigir comportamentos patológicos e que a adesão ao tratamento diz de uma visão socialmente compartilhada.
De fato, podemos dizer que existem casos nos quais o uso do medicamento torna-se necessário, entretanto há que se pensar na importância depositada sobre o medicamento. Será que somente o uso de remédios é capaz de curar ou estabilizar o estado de determinado paciente? Outras técnicas e atividades não seriam a melhor opção em alguns casos? Será que um paciente que se apresenta choroso e insatisfeito, por exemplo, tem a necessidade de tomar um inibidor de recaptação de serotonina? Será que uma criança muito alegre, esperta e brincalhona precisa tomar ritalina?
Enfim, é longa a lista que poderíamos fazer sobre uso indiscriminado de remédios que, muitas vezes, atenuam sintomas mais aparentes no momento, mas com o passar do tempo a pessoa volta a apresentar os mesmos sintomas e o mesmo sofrimento. É preciso ir a fundo na causa do sofrimento, amenizar os sintomas latentes e deixar intactas as causa desse sofrimento não possibilitarão a cura do paciente.
Resta a nós, psicólogos em formação, levantar a bandeira contra o uso indiscriminado de medicação em tratamentos psiquiátricos. REFLITAM!
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