quarta-feira, 21 de novembro de 2012

PSICOLOGIA EM PAUTA

Boa tarde.
Hoje postamos outros trechos referentes às experiências da colega Franciane que foram apresentadas em seu portfólio. Trata-se da importância de se considerar o humano como ser integral através da contribuição de disciplinas como a Neurobiologia.
 “integrar é preciso” - 2º e 3º períodos
No 2º semestre de 2010 [...] constavam as disciplinas Fisiologia e Neuroanatomia, lecionadas pelas professoras Kátia Tomagnini Passaglio e Júnia Dinelli Silva Aguiar, respectivamente. [...] essas disciplinas estão correlacionadas com a Neurobiologia, [...] também lecionada pela professora Kátia.
Escrevo a respeito [...] Visto que, se a minha pretensão é de trabalhar com a ênfase de cuidado, [...], então penso que seja necessário e viável estabelecer diálogos contínuos e abertos com outros campos de conhecimento. Para que, ao receber as pessoas e no caso de tratá-las, eu possa compreender de maneira integrada os aspectos que podem estar causando seus males, assim como integrar as possibilidades de intervenção a fim da melhora de tais pacientes.
No caso da Fisiologia e da Neurobiologia, cujas ementas de ensino propunham o estudo das formas e funções dos principais sistemas do corpo humano e as interações destes com a conduta humana, assim como a relação entre o desenvolvimento neurobiológico de uma pessoa e o seu comportamento, pude entender como o funcionamento, principalmente do sistema nervoso, está aliado às ações de um sujeito.
Por exemplo, aprendi que certas manifestações de emoção do sujeito podem estar atreladas ao bom ou mau funcionamento tanto do sistema límbico quanto do sistema endócrino. No segundo sistema (PASSAGLIO, 2011), em que se encontra a glândula da tireóide é comum que a produção excessiva ou reduzida de hormônios tireoidianos desencadeie síndromes associadas à alteração do humor caracterizadas por irritabilidade, tensão e hiperexcitabilidade – hipertireoidismo - ou o posto, lentidão, fadiga e desânimo - hipotireoidismo.
Segundo a professora Kátia (PASSAGLIO, 2011) muitas síndromes, como as citadas acima, podem ser confundidas com perturbações psíquicas e em casos mais graves até com demência ou psicose. Assim, percebe-se a importância do psicólogo estar atento à pessoa que chega ou que é trazida ao consultório, por exemplo, com queixas semelhantes aos sintomas psíquicos das doenças supracitadas e, então encaminhá-la para realizar exames laboratoriais que podem detectar as alterações na produção de hormônios tireoidianos. E a partir do resultado do exame, o psicólogo há de refletir como proceder com a demanda de tal pessoa.
Suponho que esse tipo de procedimento agiliza o processo de diagnóstico na psicoterapia ao descartar possíveis causalidades a respeito das queixas do paciente. E principalmente, mostra uma prática ética por parte do psicólogo em atender somente os casos que estão ao seu alcance sem “prender” o paciente, o qual pode ser encaminhado ao tratamento médico.
O encaminhamento oposto também se dá. Durante as aulas de Neurobiologia ficou demonstrada a importância de alterações drásticas nas neurotransmissões vindo a desencadear distúrbios funcionais que acometem de forma incisiva a qualidade de vida do sujeito. O qual muitas vezes é encaminhado ao consultório do psicólogo para que este colabore na compreensão e numa possível elaboração por parte do sujeito e de seus familiares para lidar com a descoberta e a convivência de doenças consideradas mais graves.
É o caso, por exemplo, da Esquizofrenia que se caracteriza pela desorganização da personalidade e incapacidade de adaptação à vida cotidiana cuja causa, segundo Passaglio (2008), está associada ao desequilíbrio nos níveis de dopamina em diferentes áreas cerebrais. Daí também se pode inferir a importância da localização dessas áreas, conhecimento que em parte já pode ser adquirido desde o 2º período com as aulas de Neuroanatomia.

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