quarta-feira, 24 de novembro de 2010

GRUPO ΨNSIGHT

A atuação dos Psicólogos nos CRAS


Laura Freire

“Dispositivo central do SUAS, os Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), hoje incorporam o trabalho de muitos psicólogos, que, em conjunto com outros profissionais, destacadamente assistentes sociais, enfrentam o desafio de construir uma intervenção de transformação no território, na direção de promover melhores condições de vida. Sem pretender esgotar a temática proposta, lançando questionamentos e desafios sobre o fazer da Psicologia no CRAS, no intuito de contribuir com a construção de referências para essa prática”.

Atuações Psicossociais...

Outra experiência com os estágios curriculares é o que esta sendo realizado atualmente, oficinas psicossociais, onde pode-se fazer uma relação com outras práticas que estou vivenciando.

Esta prática é realizada no CRAS UNIÃO, Vila Arthur de Sá, onde a demanda são de crianças que vivem em áreas de risco e são atendidas pelo Projeto da Prefeitura Municipal de Belo-horizonte, estando este atuando nas regionais como práticas preventivas.

A demanda deste grupo são crianças que vivem em áreas de risco e são atendidas no CRAS UNIÃO (Centro de Referência de Assistência Social). As crianças apresentam dificuldades em atender comandos e regras, em ouvir nas relações interpessoais. São muito carentes, bastante agitadas, comportamento agressivo. Devido a todos estes fatores é necessário que o trabalho realizado com as crianças nesse perfil, tivesse como foco, minimizar as características apresentadas, integração social, relações interpessoais, resgate da auto-estima, mudanças de hábitos, formas de pensar, ver o mundo e expressão de sentimentos. O grupo é composto por até 15 participantes, sendo esta demanda realizada pelas mesmas espontaneamente, crianças estas de 07 a 12 anos de idade, com encontros semanais, com duração de cerca de aproximadamente 50 minutos.

No entanto, esta verificação foi feita antes da realização da prática, com isso, o grupo vem apresentando demandas que lhe são específicas. Dessa forma, são realizados novos planejamentos e abordagens, com focos e temas geradores dos encontros diversos. Através das técnicas que estão sendo desenvolvidas nos encontros, podemos verificar, a princípio, alguns desafios e dificuldades em abordar e coordenar o grupo que traz demandas, algumas vezes bem específicas e outras que exigem um olhar e uma escuta mais crítica.

Em relação ao desenvolvimento e aceitação do grupo para com as práticas realizadas, observa-se que, gradualmente o grupo vem demonstrando mais interesse, opiniões em relação ao planejamento dos encontros e demonstrando mais entusiasmo, e com isso, no desenvolver das técnicas, podemos observar que, mesmo o grupo ás vezes mostrando-se disperso, há mais aceitação em realizar as atividades propostas, demonstrando maior confiança em relação a expressarem sentimentos e angústias, e ao tirarmos fotos durante todos os encontros, com o intuito de realizarmos um álbum de fotografias ao final, se comunicam mais e observam com mais atenção as imagens uns dos outros.




“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,

Muda-se o ser, muda-se a confiança;

Todo o Mundo é composto de mudança,

Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,

Diferentes em tudo da esperança;

Do mal ficam as mágoas na lembrança,

E do bem, se algum houve as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,

Que já coberto foi de neve fria,

E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,

Outra mudança faz de mor espanto:

Que não se muda já como soía.”

Luis de Camões

Texto extraído do portifólio de Paola Vieira

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