segunda-feira, 4 de abril de 2011

GRUPO UM NOVO OLHAR

Texto do  retirado do portifolio da aluna Dayse na integra.
" E assim se deu a minha caminhada, comecei a trabalhar aos quinze anos, em comércio, logo depois casei e completei o ensino médio. Fui trabalhar em escritório onde permaneci por oito anos cuidando da parte administrativa, até que senti a necessidade de ter uma profissão. Como estava cansada daquela rotina de escritório procurei por algo me possibilitasse autonomia, foi quando fiz o curso profissionalizante de Massoterapeuta.
Fiquei muito animada com a opção de ter uma profissão, mudei de empresa para atuar na área, mas fiquei apenas dois meses, percebi que não queria isto para a minha vida. Então diante deste período de turbulência, pois a regra era clara não podia ficar desempregada, fui trabalhar como operadora de telemarketing.
Trabalhar nesta empresa foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, pois para crescer era preciso estar estudando, foi quando comecei a pensar em fazer uma faculdade. Mas como voltar a estudar depois de tanto tempo? Não tinha condições para fazer cursos preparatórios, então a escolha pelo curso se deu levando em conta a duração, precisava ser algo rápido e que não fosse muito concorrido.  
Concluí então a faculdade de Gestão de Recursos Humanos, curso tecnólogo.  Penso que viver “neste novo mundo”, acadêmico, foi uma experiência única, mágica. Adorava cada dia que passava, achava o máximo esta troca de experiência e de conhecimento. Tudo me fascinava.
Após o curso resolvi validar a minha graduação com uma pós-graduação. Optei pela área da Psicologia. Durante o curso conheci profissionais de várias áreas, pois o mesmo era aberto para outras áreas e cada um contribuía com a sua opinião baseada na sua formação, e em contrapartida era muito interessante o modo como os professores psicólogos conduziam tudo o que era exposto e acrescentavam as suas idéias sempre deixando a pessoa à vontade.  
Não tive dúvidas, terminei a pós e solicitei a obtenção de novo titulo para psicologia. Eu comecei muito animada, com uma visão completamente diferente do papel do psicólogo, e da maneira como as aulas eram conduzidas pelos professores psicólogos.  Pensava que era um curso bem tranqüilo, onde você não precisaria se expôr, falar em público obrigada, o que acontece na apresentação de trabalhos. Pensava que o psicólogo estava ali para ajudar as pessoas através de conselhos, que ele conseguiria resolver todos os problemas do sujeito, como se o profissional era possuidor de um saber que ajudaria as pessoas a serem mais felizes, evitaria o sofrimento, enfim tudo muito fantasioso."

Comentário do Grupo: Este texto foi escolhido para demonstrar a importância da continuidade dos estudos além da graduação para a consolidação da carreira do profissional no mercado.

4 comentários:

  1. Os caminhos até chegarmos a concretização de um sonho, de uma meta são de múltiplos meandros, todavia o foco é o mesmo. Lendo essa parte do portifólio de Dayse pude ver que as dificuldades são diferentes mas o desejo de alçançar o objetivo tem uma motivação única: a superação daquilo que a muito estava sendo deixada de lado. Me identifico com esse sentimento de perseverança e luta, essas são as alavancas que me me impulsionam a caminhar sem desistir!!!!

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  2. Com a proposta de construirmos o portifólio, eu considerei uma boa forma para refletir sobre toda caminhada percorrida durante minha vida. O que me levou em considerar não só as atividades acadêmicas, mais do que isso, possibilitou também observar as relações estabelecidas anteriormente, e que quanto a isso hoje estou aqui cursando psicologia. Assim percebi muita identificação com relato exposto por Dayse, me identificando com essa corrida em busca de ingressar ao mercado de trabalho com uma profissão, objetivando buscar uma formação para atuação profissional. E me chamou muita à atenção essa relação em estar ao meio de profissionais da área e com isso atentar ao curso, não da mesma forma apresentada, mais foi ao estar também ao meio de profissionais desta área que abri os olhos para o curso de psicologia.
    Gustavo - Grupo AmigosPsique

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  3. O relato da Dayse me fez lembrar nossos primeiros dias de aula quando nos apresentamos para os professores e apareceram varios relatos do tipo 'escolhi a psicologia porque sou boa conselheira' e outras afirmações do senso comum que foram totalmente desconstruidas logo no começo pela Isabela, confesso que me assustei e descobri que a Psicologia não era bem aquilo que eu pensava,mas o bom é que agora gosto ainda mais do curso e fico feliz em ver o quanto a nossa turma amadureceu desde o começo da graduaçaoe o quanto mais críticos ficamos!

    Joyce Gonçalves Ribeiro

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  4. Como é bom saber um pouco da sua trajetória academica Dayse! Nessas trocas de relatos entendemos que não somos os únicos que tiveram que enfrentar obstáculos!

    Entrei no curso de psicologia devido a uma característica que percebi que havia adquirido e, pensei ser vantajoso para meu sucesso profissional: uma certa habilidade em ouvir.

    Imaginem: eu era o tipo de pessoa que, onde eu parava sempre chegava alguém, começava a conversar e quando estava indo embora dizia: "Nossa eu nem te conheço direito e estou te contando algo que não conto nem a meus amigos, familiares,ou namorado(a)”. Agora, imaginem eu, quando ouvia isso.Eu pensava: “esse povo é tudo doido! chega e vai contando da vida pra mim. Eu hein! - Mas no fundo eu gostava disso! Eu ouvia cada história! Era desabafo, dúvida, escolhas e contos de casos... (risos)

    Mas, quando eu me vi diante da escolha de um curso, logo pensei: Poxa eu tenho algumas características que vão me ajudar bastante a ser boa psicóloga. O ouvir, o gostar de ler e o interesse pelo conhecimento do ser humano. Os comportamentos dos outros (e os meus também) sempre me instigaram.

    Mas algo foi incisivo na minha escolha da profissão: O fato de eu acreditar que, se eu pude mudar, outras pessoas também podiam. Entrei no curso pensando em ser alguém que pode ser útil na mudança das pessoas. Passei a acreditar que as mudanças para melhor são possíveis e que quero ser alguém que vai contribuir para a mudança de muitas pessoas. Eu nem sabia direito o que um psicólogo fazia, sabia apenas que tinha que saber ouvir e que de alguma forma, "ajudava" as pessoas.

    Tatiana Parreira – grupo: Arquivo Ψ - “O conhecimento também está lá fora”

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