domingo, 15 de maio de 2011

GRUPO PSIPENSANTE

O artigo ao qual fazemos referência se chama “TRABALHAR EM TEMPOS DE “FIM DOS EMPREGOS”” ao qual disponibilizamos o link ao final de nossa reflexão onde discutimos sobre a atuação do psicólogo nesse contexto.
Em principio o artigo apresenta-nos um trabalho de pesquisa que foi realizado com diversos profissionais. Essa pesquisa consistia em verificar quais mudanças positivas e negativas ocorrem nesse novo tempo de instabilidade no mercado de trabalho, na qual um profissional perde em alguns momentos seu emprego e às vezes se vê na necessidade de assumir outros postos, e também acontece de o profissional precisar passar por mudanças na trajetória de sua carreira.
O artigo vem nos falando de uma constatação que foi feita durante o processo de escrita e pesquisas para a montagem desse trabalho acadêmico: a de que há uma sensível melhora no conteúdo de conhecimento e bagagem, dos profissionais que vivenciam essas mudanças (vale ressaltar que é a grande maioria), mas acontece em uma direção inversa, uma perda no que diz respeito à questão salarial e ao investimento em treinamento.
Outro ponto interessante apresentado pelo artigo foi a perda da significação do trabalho para grande parte dos profissionais. A autora fala de uma desconsagração do trabalho, ou seja, um enfraquecimento do significado do trabalho e de seu valor.
Discutimos o assunto entre o grupo e chegamos à conclusão de que também nós profissionais da psicologia somos afetados por essas mudanças das quais o artigo vem falando. Ficamos pensando, por exemplo, no psicólogo que atua em um RH, o que de psicólogo esse profissional traz?  Muitas vezes o psicólogo de RH assume um posto muito mais gerencial ou administrativo do que propriamente o de psicólogo. Conhecemos alguns relatos nesse sentido e pudemos observar a partir desses relatos e de uma correlação com o artigo que o profissional de psicologia no contexto de um RH, por exemplo, é submetido a uma situação em que seu papel enquanto psicólogo fica relegado à segunda posição. Há um lado vantajoso nessa situação, acreditamos e que é exatamente o ponto positivo apresentado pelo artigo, na medida em que esse profissional agrega novos conhecimentos e aumenta a riqueza de sua bagagem profissional. Mas, ficamos pensando, por exemplo, na perda que esse profissional vivencia no que diz respeito ao exercício de sua profissão. Acreditamos que esse tipo de contexto faz com que o profissional de psicologia perca seu lado mais humanista.
Acreditamos que seja interessante uma reflexão nesse sentido. Qual tem sido nossa posição enquanto profissionais da psicologia, uma ciência dita da área das humanas e que ganha um caráter bem atípico para a referida área quando nesse contexto de RH? 



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