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“Algumas reflexões sobre a arte e a formação do psicólogo”
O artigo intitulado “Algumas reflexões sobre a arte e a formação do psicólogo” escrito por Silvia Maria Cintra da Silva, professora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Uberlândia, Mestre e Doutora em Educação pela UNICAMP, divulgado na revista Psicologia Ciência e Profissão (2004, 24(4), p. 100-111) traz à discussão a importância da arte para a formação do psicólogo e vai ao encontro do conteúdo ministrado na disciplina de Gestão e Cuidado, cujo professor é João Leite, pois traz diversas reflexões acerca da importância de um profissional mais interativo com outras áreas de saberes que certamente contribuem para uma compreensão mais ampla da dimensão humana.
O artigo em questão descreve um projeto desenvolvido pela autora durante sua formação de Doutorado quando, alunos do Estágio Supervisionado de Psicologia Escolar foram estimulados a participarem mais ativamente da vida de professores, mães e alunos de uma escola pública da cidade de Uberlândia, propondo a realização de atividades voltadas para a arte como música, literatura e artes visuais.
A escolha do tema partiu do grande interesse da autora pelas artes e por sua crença baseada em diversos autores de que tanto a arte quanto à psicologia trabalham com algo que toca a essência do ser humano e exige dele um envolvimento pessoal na interpretação do que vive, baseada em sua história de vida, sua percepção e seus sentimentos.
Durante o período do estágio eram realizadas supervisões com a participação da pesquisadora. Os próprios alunos, selecionados de forma criteriosa, escolhiam as obras que seriam trabalhadas durante os encontros com a comunidade escolar. Ao longo da pesquisa o interesse deles pelas obras e pelas biografias dos autores aumentou consideravelmente, paralelo ao aumento da percepção e sensibilização que as obras de arte trouxeram para suas vidas.
O trabalho na escola mostrou-se altamente produtivo na medida em que foram evidentes as alterações observadas tanto nas crianças quanto mães e professoras, aumentando o interesse pelas linguagens artísticas e demonstrado ser esta uma das possibilidades de intervenção da Psicologia Escolar a fim de estimular a tomada de consciência e ações mais emancipatórias pela comunidade escolar.
Em relação aos alunos participantes do projeto, a autora constata que o interesse por arte existente antes do ingresso na Universidade foi perdendo força ao longo dos anos, por não serem mais consideradas importantes para o processo de formação, contudo, ela ressalta a importância de ser estimulado o interesse pela arte durante a formação do psicólogo. Dessa forma, também estaria o profissional mais apto a levar suas vivências e percepções para a atividade profissional desenvolvida, aproximando-se ainda mais de seus assistidos.
Para aqueles que se interessaram pelo tema, sugerimos a leitura do artigo no endereço eletrônico http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932004000400012&lng=pt&nrm=iso
Boa leitura a todos!