5º Período
O contato com a disciplina “Psicopatologia I” foi muito interessante. A teoria aliada à prática foi muito importante na compreensão das diversas patologias com as quais a psicologia constantemente se depara. A leitura dos textos e a produção dos relatórios das visitas ao Instituto Raul Soares – anexo relatório de uma das entrevistas – me levou a conhecer e refletir sobre a situação dos doentes mentais no Brasil. O contato – ainda que teórico – com os diversos transtornos mentais possibilitou compreender e avaliar um paciente. Porém, nossa escuta diferenciada deve estar sempre disponível na tentativa de humanizar um atendimento tão complexo. Numa mesa redonda da III SCAP cujo tema era “Discutindo as prisões da loucura: um novo olhar sobre o louco infrator”, foi possível notar que o discurso de muitos de nós ainda continua pautado na lógica de afastamento social desse sujeito da desrazão. Defende-se um tratamento sem rompimento do laço social, porém a própria sociedade, que é preconceituosa e despreparada, rotula e rejeita esse cidadão. É...realmente precisamos produzir outros sentidos para a loucura, mudar nossa visão e delinear outros espaços para seu tratamento.
Na “Psicologia Institucional” me marcou muito assistir ao filme “Um estranho no ninho” e conseguir identificar a partir dele como a instituição está presente em nossas vidas. Os processos de auto-gestão e auto-análise nos fazendo questionar o que está posto. Ver as instituições como espaços onde somos vigiados e controlados, me assustou um pouco. Não havia feito ainda essa leitura crítica do meu próprio contexto. Pensar que estamos à mercê do capitalismo também me incomodou. Será que ao nos tornarmos especialistas – detentores do saber – sucumbiremos e seremos engolidos pelo capitalismo? Ou será que teremos força para resistir e nos colocar a serviço do instituinte e não do instituído?
Retirado do portfólio de Elisabeth Pereira
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