Todos acompanhamos a chacina na escola de Ralengo (RJ), cometida por um ex-aluno da escola Tasso da Silveira.
Foram momentos de terror e muito medo para todos os alunos que presenciaram e sobreviveram a tudo o que aconteceu.
De acordo com a matéria que postaremos abaixo, o impacto do trauma vivido por aquelas crianças, é comparado ao trauma de vítimas sobreviventes de uma guerra.
Nesse sentido, que tipo de apoio essas crianças irão demandar. Qual o papel do psicólogo nesse momento. Nossos psicólogos estão preparados para esse tipo de demanda, num momento em que a Psicologia ainda é vista do ponto de vista dos consultórios ornamentados com belos divãs ???
Fica aí a questão.
Psicólogos comparam trauma de vítimas de ataque ao de uma guerra:
Atenção e amparo é o que pode ajudar os jovens a superar, dizem os psicólogos. É preciso deixar que eles falem do medo que estão sentindo e insistir que desabafem quando estiverem muito calados.
Depois de uma experiência brutal como a de quinta-feira (7 de abril), os alunos da Escola Tasso da Silveira vão precisar de tempo e de apoio. O Jornal Nacional foi ouvir psicólogos sobre esta questão.
A dor, em uma idade que devia ser de alegria. Além da dor, o medo.
“Elas encolherem, elas se fecharem, não querer partilhar mais nada na vida. Ter medo de tudo. Desenvolver sintomas fóbicos. Desenvolver o que hoje a mídia chama muito de síndrome do pânico e não querer mais sair de casa, não querer estabelecer laços”, explicou Rita Manso, do Instituto Psicologia da UERJ.
Difícil é superar as lembranças: "Ele morreu no pé. Eu não tive reação. E os tiros continuavam no andar de cima” contou um menino. "Ele procurava as pessoas assim, mirava as pessoas e atirava", lembrou outro.
O horror vivido pelas crianças de Realengo é tão forte quanto o de quem passa por uma guerra, como explica a psicóloga: “São situações de limite. O ser humano é colocado no limiar do possível de suportar, mas as pessoas inventam formas de continuar suas vidas”, explica.
A escola deixa de ser vista o lugar acolhedor, onde começa o futuro, onde são feitas amizades, onde se prepara para enfrentar os desafios do trabalho, das profissões: o mundo adulto. Porque a violência do mundo adulto invadiu o lugar que eles consideravam seguro e destruiu os amigos deles.
“Isso aconteceu na escola. Elas podem evitar ir para a escola. Elas podem ter medo de retornar à escola e o aprendizado se torna cada vez mais difícil”, declarou o psiquiatra da UFRJ William Berger
Atenção e amparo é o que pode ajudar os jovens a superar, dizem os psicólogos. É preciso deixar que eles falem do medo que estão sentindo, insistir que desabafem quando estiverem muito calados. E como acontece tantas vezes: este sofrimento terrível pode levar os jovens a uma compreensão mais profunda do mundo e mais cheia de esperança.
“É uma situação limite, mas eles sobrevivem e podem criar em cima disso. E podem se tornar adultos melhores”, afirmou Rita Manso.
FONTE: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/04/psicologos-comparam-trauma-de-vitimas-de-ataque-ao-de-uma-guerra.html, acessado em 18/04/2011.
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Grupo AmigosPsique
Pessoal,
Segue um trecho do portifório de nossa colega Valéria, onde ela relata a realização do sonho da faculdade de Psicologia. Conta a importância que as disciplinas Filosofia e História da Psicologia mudaram sua percepção de enchergar o mundo e as pessoas. Grupos tenham uma boa leitura!
Valéria
O ingresso à faculdade foi marcante a mim, porque foi a realização de um sonho. Tudo era novidade, os temas estudados, as conversas, as pessoas, o ambiente.... Tudo, de fato, era um novo universo.
Todas as disciplinas estudadas foram interessantes, no entanto algumas me chamaram mais a atenção devido à identificação que tive com elas.
As disciplinas Filosofia e História da Psicologia contribuíram com relativa importância, porque ambas descrevem a gênese da psicologia, que estuda a mente e o comportamento humano. Ou seja, como tudo começou, como os saberes se multiplicaram, através dos filósofos, os quais se dedicaram a elaborar o conhecimento de maneira clara para aprimorar e melhorar a vida da humanidade.
Ao estudar a Filosofia, fiquei entusiasmada com o mundo de possibilidades que me proporcionavam: as idéias e as reflexões que me induzem a grandes viagens, através de pensamentos. Por meio da Filosofia entendi que podia enxergar uma situação de diferentes modos, pois me possibilitou ter uma visão nítida de fatos da vida. Com isso entendi que a vida é dinâmica e que as mudanças acontecem para que eu seja mais humana por dentro.
O mundo muda, a vida muda, até o rio muda, como diz Heráclito: ”Um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio...,” “porque nem o homem nem o rio serão os mesmos.”
Quanto à matéria História da Psicologia foi importante estudá-la, porque me fez enxergar o valor que a história tem para a humanidade e porque podemos transformar o presente na construção de um futuro melhor. Através dela pude entender as estruturas sociais, econômicas e culturais, dependendo do que se deseja pesquisar.
No início do curso tive dificuldades em entender a linguagem científica, porque eu estava habituada com a linguagem do senso comum. Faltava habilidade para ler e entender os textos, às vezes eu pensava que não daria conta. No entanto o auxílio de colegas foi fundamental, pois eles me explicavam o que eu não havia entendido, sendo então até motivo de riso, já que eu não entendia nada. Apesar das dificuldades eu gostava de estudar a biografia dos filósofos para poder analisá-los.
No primeiro período, realizamos visitas em várias instituições a fim de conhecermos as áreas de atuação do psicólogo. Na oportunidade, visitamos PaiPJ, especializado em psicologia jurídica, Hospital Materdei, psicologia hospitalar, Cersam, saúde mental e a Psicologia Social, efetivada por meio de uma entrevista realizada com a professora Márcia Mansur.
Dentre dessas áreas citadas, a que gostei foi a saúde mental. Embora o tema trate do sofrimento de pessoas, considerei prazerosa estudá-la, porque tive a oportunidade de tentar entrar neste mundo solitário em que eles vivem.
Também gostei da Psicologia Jurídica, pois nesses casos jurídicos, o psicólogo precisa compreender a mente do paciente e, paralelamente, entender um pouco de leis, ou seja, como se processa uma ação jurídica.
Valéria Garbero
Segue um trecho do portifório de nossa colega Valéria, onde ela relata a realização do sonho da faculdade de Psicologia. Conta a importância que as disciplinas Filosofia e História da Psicologia mudaram sua percepção de enchergar o mundo e as pessoas. Grupos tenham uma boa leitura!
Valéria
PORTIFÓRIO
Todas as disciplinas estudadas foram interessantes, no entanto algumas me chamaram mais a atenção devido à identificação que tive com elas.
As disciplinas Filosofia e História da Psicologia contribuíram com relativa importância, porque ambas descrevem a gênese da psicologia, que estuda a mente e o comportamento humano. Ou seja, como tudo começou, como os saberes se multiplicaram, através dos filósofos, os quais se dedicaram a elaborar o conhecimento de maneira clara para aprimorar e melhorar a vida da humanidade.
Ao estudar a Filosofia, fiquei entusiasmada com o mundo de possibilidades que me proporcionavam: as idéias e as reflexões que me induzem a grandes viagens, através de pensamentos. Por meio da Filosofia entendi que podia enxergar uma situação de diferentes modos, pois me possibilitou ter uma visão nítida de fatos da vida. Com isso entendi que a vida é dinâmica e que as mudanças acontecem para que eu seja mais humana por dentro.
O mundo muda, a vida muda, até o rio muda, como diz Heráclito: ”Um homem não toma banho duas vezes no mesmo rio...,” “porque nem o homem nem o rio serão os mesmos.”
Quanto à matéria História da Psicologia foi importante estudá-la, porque me fez enxergar o valor que a história tem para a humanidade e porque podemos transformar o presente na construção de um futuro melhor. Através dela pude entender as estruturas sociais, econômicas e culturais, dependendo do que se deseja pesquisar.
No início do curso tive dificuldades em entender a linguagem científica, porque eu estava habituada com a linguagem do senso comum. Faltava habilidade para ler e entender os textos, às vezes eu pensava que não daria conta. No entanto o auxílio de colegas foi fundamental, pois eles me explicavam o que eu não havia entendido, sendo então até motivo de riso, já que eu não entendia nada. Apesar das dificuldades eu gostava de estudar a biografia dos filósofos para poder analisá-los.
No primeiro período, realizamos visitas em várias instituições a fim de conhecermos as áreas de atuação do psicólogo. Na oportunidade, visitamos PaiPJ, especializado em psicologia jurídica, Hospital Materdei, psicologia hospitalar, Cersam, saúde mental e a Psicologia Social, efetivada por meio de uma entrevista realizada com a professora Márcia Mansur.
Dentre dessas áreas citadas, a que gostei foi a saúde mental. Embora o tema trate do sofrimento de pessoas, considerei prazerosa estudá-la, porque tive a oportunidade de tentar entrar neste mundo solitário em que eles vivem.
Também gostei da Psicologia Jurídica, pois nesses casos jurídicos, o psicólogo precisa compreender a mente do paciente e, paralelamente, entender um pouco de leis, ou seja, como se processa uma ação jurídica.
Valéria Garbero
quinta-feira, 28 de abril de 2011
UM NOVO OLHAR
Escolhemos a imagem abaixo para mostrar o quanto o nosso campo de atuação é amplo. Alguém já havia pensado na Psicologia atuando no controle de Tráfego Aéreo.
Ilustração para a Semana da Psicologia e Controle de Tráfego Aéreo
terça-feira, 12 de abril de 2011
Grupo Catharsis
O texto abaixo é parte do portifólio de nossa colega Roberta:
escolhemos o portifólio de roberta por acreditar que as dificuldades e prazeres enfrentadas por ela assemelham-se no que diz respeito ao nosso percurdo pelo curso, a experiência é dela mas nos fez pensar como estudar desperta em nós novos olhares, sensações e como nos tornamos críticos, por que aprender nâo ocupa espaço, só nos faz acreditar em mudanças e que somos capazes de nos ajudar e ajudar o outro..
leiam ja que a disciplina citada não foi cursado junto com a maioria da turma, lembrando que Roberta é atípica( com muito respeito viu, Ro)
(...)
Tratando sobre a aprendizagem, foi prazeroso estudar Charlot, rever o filme “Pro dia nascer feliz”, conhecer tantos autores, assistir ao filme “O Jarro”, ter a oportunidade de trabalhar em grupo, conhecer os trabalhos dos colegas ao longo do semestre.
A Psicologia da Aprendizagem possibilitou-me aprender que a aprendizagem vai além da relação professor e aluno. É uma relação que ocorre do sujeito com ele mesmo, com o outro e com o mundo. Sendo necessário valorizar essa relação que envolve inclusive a canalização dos desejos do sujeito. O aprender também é viver em sociedade, sendo o sujeito como membro e participante, existindo e respeitando o outro. Possibilitou-me também identificar as possíveis contribuições que a psicologia pode fornecer na área da educação.
A escola não deve ser pensada em função de um aluno ideal, apenas como um gerador de lucros para a sociedade, mas sim como uma instituição capaz de socializar o indivíduo, capacitando-o para o trabalho, mas sem desconsiderá-lo como sujeito, o qual precisa ser escutado, inserido em um contexto familiar e social. Na escola as crianças são produtos em série, não há consideração pelos sujeitos. Acaba se tornando um lugar excludente e violento.
Na brilhante teoria de Charlot “Da relação com o saber” aprendi que a relação com o saber se constrói em relações sociais de saber. O sujeito não é apenas aluno. À ele não é possível identificar-lhe apenas as suas “faltas”. Não podemos desconsiderar a questão familiar e o meio social no qual está inserido, é necessário reconhecê-lo e respeitá-lo como sujeito, inclusive conhecer o seu desejo, entre tantas outras questões. Retomando, a relação com o saber é o próprio sujeito na medida em que deve aprender a apropriar-se do mundo, contruir-se. Mas o que mais me marcou nesta teoria, foi compreender sobre o fracasso escolar, ao qual não pode ser atribuída apenas a questão social do aluno. Problemas como abandono, repetência, dificuldades na aprendizagem e violência eram generalizados para se falar em fracasso escolar. Mas este não existe como objeto. Pois o que há são alunos em situação de fracasso, são as histórias escolares que acabam mal.
No filme: “O jarro” foi possível observar a educação a partir de uma realidade sócio-cultural e econômica assumindo aspectos muito diferentes. Reconhecendo a sabedoria dos mais velhos, e o respeito atribuído à imagem do professor, o qual se envolvia com a realidade da comunidade. Tudo girava em torno do jarro, sendo abordada a questão do ovo, o qual era necessário, e que acaba se tornando o objeto de ensino. Hoje, podemos observar que o objeto para muitos alunos acaba sendo a Bolsa Escola ou a merenda. Um aspecto psicológico observado está presente na preocupação do professor com as crianças que estavam fora da sala de aula, ele sempre procurava saber sobre as crianças e ajudava as famílias que tinham necessidades. Acabando se inserindo no contexto familiar das crianças.
Enfim, com o auxílio da psicologia na escola, creio que será possível a construção de um espaço para os vários discursos presentes dentro de cada instituição escolar, sendo que cada escola é uma escola. E o psicólogo será um facilitador, um contribuinte para esta construção, extremamente necessária para a construção de um futuro melhor para cada aluno, e para toda a sociedade.
(Grupo Catharsis: Diane, Fabiana, Kenia, Regina, Roberta e Vânia)
escolhemos o portifólio de roberta por acreditar que as dificuldades e prazeres enfrentadas por ela assemelham-se no que diz respeito ao nosso percurdo pelo curso, a experiência é dela mas nos fez pensar como estudar desperta em nós novos olhares, sensações e como nos tornamos críticos, por que aprender nâo ocupa espaço, só nos faz acreditar em mudanças e que somos capazes de nos ajudar e ajudar o outro..
leiam ja que a disciplina citada não foi cursado junto com a maioria da turma, lembrando que Roberta é atípica( com muito respeito viu, Ro)
(...)
Tratando sobre a aprendizagem, foi prazeroso estudar Charlot, rever o filme “Pro dia nascer feliz”, conhecer tantos autores, assistir ao filme “O Jarro”, ter a oportunidade de trabalhar em grupo, conhecer os trabalhos dos colegas ao longo do semestre.
A Psicologia da Aprendizagem possibilitou-me aprender que a aprendizagem vai além da relação professor e aluno. É uma relação que ocorre do sujeito com ele mesmo, com o outro e com o mundo. Sendo necessário valorizar essa relação que envolve inclusive a canalização dos desejos do sujeito. O aprender também é viver em sociedade, sendo o sujeito como membro e participante, existindo e respeitando o outro. Possibilitou-me também identificar as possíveis contribuições que a psicologia pode fornecer na área da educação.
A escola não deve ser pensada em função de um aluno ideal, apenas como um gerador de lucros para a sociedade, mas sim como uma instituição capaz de socializar o indivíduo, capacitando-o para o trabalho, mas sem desconsiderá-lo como sujeito, o qual precisa ser escutado, inserido em um contexto familiar e social. Na escola as crianças são produtos em série, não há consideração pelos sujeitos. Acaba se tornando um lugar excludente e violento.
Na brilhante teoria de Charlot “Da relação com o saber” aprendi que a relação com o saber se constrói em relações sociais de saber. O sujeito não é apenas aluno. À ele não é possível identificar-lhe apenas as suas “faltas”. Não podemos desconsiderar a questão familiar e o meio social no qual está inserido, é necessário reconhecê-lo e respeitá-lo como sujeito, inclusive conhecer o seu desejo, entre tantas outras questões. Retomando, a relação com o saber é o próprio sujeito na medida em que deve aprender a apropriar-se do mundo, contruir-se. Mas o que mais me marcou nesta teoria, foi compreender sobre o fracasso escolar, ao qual não pode ser atribuída apenas a questão social do aluno. Problemas como abandono, repetência, dificuldades na aprendizagem e violência eram generalizados para se falar em fracasso escolar. Mas este não existe como objeto. Pois o que há são alunos em situação de fracasso, são as histórias escolares que acabam mal.
No filme: “O jarro” foi possível observar a educação a partir de uma realidade sócio-cultural e econômica assumindo aspectos muito diferentes. Reconhecendo a sabedoria dos mais velhos, e o respeito atribuído à imagem do professor, o qual se envolvia com a realidade da comunidade. Tudo girava em torno do jarro, sendo abordada a questão do ovo, o qual era necessário, e que acaba se tornando o objeto de ensino. Hoje, podemos observar que o objeto para muitos alunos acaba sendo a Bolsa Escola ou a merenda. Um aspecto psicológico observado está presente na preocupação do professor com as crianças que estavam fora da sala de aula, ele sempre procurava saber sobre as crianças e ajudava as famílias que tinham necessidades. Acabando se inserindo no contexto familiar das crianças.
Enfim, com o auxílio da psicologia na escola, creio que será possível a construção de um espaço para os vários discursos presentes dentro de cada instituição escolar, sendo que cada escola é uma escola. E o psicólogo será um facilitador, um contribuinte para esta construção, extremamente necessária para a construção de um futuro melhor para cada aluno, e para toda a sociedade.
(Grupo Catharsis: Diane, Fabiana, Kenia, Regina, Roberta e Vânia)
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Arquivo Ψ - “O conhecimento também está lá fora”
"Resumindo, procurei o curso para ampliar os meus conhecimentos e saciar meus desejos. Mas o que não esperava era descobrir um universo muito mais amplo, sem limites e ao mesmo tempo cheio de obstáculos."
Trecho retirado do portifólio da nossa colega de curso Laíssa Rodrigues.
A primeira pergunta que fiz quando terminei o segundo grau foi: E agora o que vou fazer? Quando disse para a minha família que queria prestar vestibular para o curso de psicologia todos ficaram impressionados e tentaram me desanimar. Até então eles pensavam que Psicologia era coisa de doido, e como morava em uma cidade do interior em que o “normal” era fazer Pedagogia eu também deveria seguir o modelo das outras pessoas, ou seja, deveria ser pedagoga.
Mesmo sendo pressionada pela minha família, decidi me mudar para Belo Horizonte para fazer faculdade, mas continuava com duvida de qual curso deveria fazer. Essa duvida me remeteu a mais uma pergunta: Porque fazer Psicologia? Acredito que a minha escolha, assim como a de outras pessoas, se deu pelo fato de que tinha um grande desejo de entender os por quês do comportamento humano e todos os processos que o envolvem (sofrimento, conhecimento e principalmente a aprendizagem).
Entrar na faculdade foi uma experiência maravilhosa, mas ao mesmo tempo "sofrida". Não consegui bolsa de estudo para ajudar meus pais a pagarem a minha faculdade, e varias vezes achei que ia ter que trancar ou desistir. Imaginava que o curso era bem mais barato. Mas mesmo passando por dificuldades continuei e consegui meu primeiro emprego em uma empresa de Recursos Humanos.
Trabalhava do lado de 6 Psicólogas e 3 estagiárias de Psicologia, iniciei na empresa como Recepcionista, com seis meses mudei para a função de Recrutador onde comecei a atuar na área, fui promovida novamente quando fiz um ano na empresa para o cargo de Auxiliar de Recurso Humanos (auxiliava das entrevistas, dinâmicas, avaliação psicológica, entre outras atividades). Confesso que nem sabia que Psicólogo era responsável por essas atividades e que podia fazer tantas outras coisas. Essa experiência foi a melhor coisa que me aconteceu, comecei a ver e concordar que no contexto atual da globalização, rumos econômicos do capitalismo e outras características sociais que afetam o nosso país enquanto nação subdesenvolvida, o Psicólogo se vê obrigado a adaptar-se para ser empregado a diferentes campos de atuação. O Analista do comportamento, por sua vez, enquanto profissional emergente da ciência psicológica não pode agir diferente. Enquanto cientista preocupado com as relações (Organismo – ambiente) deve estruturar-se para assumir novos desafios em sua prática e atuação.
Faltando apenas dois anos para concluir o curso, percebo que a Psicologia tem me proporcionado muita coisa fantástica. Passei a ter consciência e certeza dos meus sentimentos com mais propriedade, hoje sei que nasci para exercer essa profissão.
"Que a vida humana é apenas um sonho outros já disseram, mas também a mim esta idéia persegue por toda parte. Quando penso nos limites que circunscrevem as ativas e investigativas faculdades humanas; quando vejo que esgotamos todas as nossas forças em satisfazer nossas necessidades, que apenas tendem a prolongar uma existência miserável; quando constato que a tranqüilidade a respeito de certas questões não passa de uma resignação sonhadora, como se a gente tivesse pintado as paredes entre as quais jazemos presos com feições coloridas e perspectivas risonhas - tudo isso, [...] me deixa mudo. Meto-me dentro de mim mesmo e acho aí um mundo! Mas antes em pressentimentos e obscuros desejos que em realidade e ações vivas. E então tudo paira a minha volta, sorrio e sigo a sonhar, penetrando adiante no universo." (Johann Wolfgang Goethe)
Abraços do grupo,
Arquivo Ψ - “O conhecimento também está lá fora”
Trecho retirado do portifólio da nossa colega de curso Laíssa Rodrigues.
A primeira pergunta que fiz quando terminei o segundo grau foi: E agora o que vou fazer? Quando disse para a minha família que queria prestar vestibular para o curso de psicologia todos ficaram impressionados e tentaram me desanimar. Até então eles pensavam que Psicologia era coisa de doido, e como morava em uma cidade do interior em que o “normal” era fazer Pedagogia eu também deveria seguir o modelo das outras pessoas, ou seja, deveria ser pedagoga.
Mesmo sendo pressionada pela minha família, decidi me mudar para Belo Horizonte para fazer faculdade, mas continuava com duvida de qual curso deveria fazer. Essa duvida me remeteu a mais uma pergunta: Porque fazer Psicologia? Acredito que a minha escolha, assim como a de outras pessoas, se deu pelo fato de que tinha um grande desejo de entender os por quês do comportamento humano e todos os processos que o envolvem (sofrimento, conhecimento e principalmente a aprendizagem).
Entrar na faculdade foi uma experiência maravilhosa, mas ao mesmo tempo "sofrida". Não consegui bolsa de estudo para ajudar meus pais a pagarem a minha faculdade, e varias vezes achei que ia ter que trancar ou desistir. Imaginava que o curso era bem mais barato. Mas mesmo passando por dificuldades continuei e consegui meu primeiro emprego em uma empresa de Recursos Humanos.
Trabalhava do lado de 6 Psicólogas e 3 estagiárias de Psicologia, iniciei na empresa como Recepcionista, com seis meses mudei para a função de Recrutador onde comecei a atuar na área, fui promovida novamente quando fiz um ano na empresa para o cargo de Auxiliar de Recurso Humanos (auxiliava das entrevistas, dinâmicas, avaliação psicológica, entre outras atividades). Confesso que nem sabia que Psicólogo era responsável por essas atividades e que podia fazer tantas outras coisas. Essa experiência foi a melhor coisa que me aconteceu, comecei a ver e concordar que no contexto atual da globalização, rumos econômicos do capitalismo e outras características sociais que afetam o nosso país enquanto nação subdesenvolvida, o Psicólogo se vê obrigado a adaptar-se para ser empregado a diferentes campos de atuação. O Analista do comportamento, por sua vez, enquanto profissional emergente da ciência psicológica não pode agir diferente. Enquanto cientista preocupado com as relações (Organismo – ambiente) deve estruturar-se para assumir novos desafios em sua prática e atuação.
Faltando apenas dois anos para concluir o curso, percebo que a Psicologia tem me proporcionado muita coisa fantástica. Passei a ter consciência e certeza dos meus sentimentos com mais propriedade, hoje sei que nasci para exercer essa profissão.
"Que a vida humana é apenas um sonho outros já disseram, mas também a mim esta idéia persegue por toda parte. Quando penso nos limites que circunscrevem as ativas e investigativas faculdades humanas; quando vejo que esgotamos todas as nossas forças em satisfazer nossas necessidades, que apenas tendem a prolongar uma existência miserável; quando constato que a tranqüilidade a respeito de certas questões não passa de uma resignação sonhadora, como se a gente tivesse pintado as paredes entre as quais jazemos presos com feições coloridas e perspectivas risonhas - tudo isso, [...] me deixa mudo. Meto-me dentro de mim mesmo e acho aí um mundo! Mas antes em pressentimentos e obscuros desejos que em realidade e ações vivas. E então tudo paira a minha volta, sorrio e sigo a sonhar, penetrando adiante no universo." (Johann Wolfgang Goethe)
Abraços do grupo,
Arquivo Ψ - “O conhecimento também está lá fora”
domingo, 10 de abril de 2011
GRUPO PSIPENSANTE
Parte do portfólio da aluna Cleide Oliveira.
“Pessoal, acredito que durante o nosso curso passamos por vários momentos de angústia, portanto quero compartilhar o resumo do livro que li. “A Erva do Diabo” de Carlos Castanheda (Editora Nova Era) Que poderá nos ajudar a uma reflexão sobre nosso processo de formação. Para adquirirmos conhecimento temos que vencer muitas barreiras, mesmo assim não podemos dar por encerrado, temos que buscar sempre. Sinto que não se trata de etapas lineares e sim circulares quando vencemos um inimigo deparamos com outro. Dominar o medo é difícil, mas factível, quanto aos demais é muito difícil. O homem nunca tornará o detentor do conhecimento, deve estar sempre aberto para aprender mais e mais...”
... Inimigos do homem de conhecimento ...
- Quando um homem começa a aprender, ele nunca sabe muito claramente quais seus objetivos. Seu propósito é falho; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem.
“Devagar, ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. “E assim ele se depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o Medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando, à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto um fim à sua busca.
- O que acontece com o homem se ele fugir com medo?
- Nada lhe acontece, a não ser que nunca aprenderá. Nunca se tornará um homem de conhecimento. Talvez se torne um tirano, ou um pobre homem apavorado e inofensivo; de qualquer forma, será um homem vencido. Seu primeiro inimigo terá posto um fim a seus desejos.
- E o que pode ele fazer para vencer o medo?
- Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e, no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si.
- Isso acontece de uma vez, Dom Juan, ou aos poucos?
- Acontece aos poucos e, no entanto o medo é vencido de repente e depressa.
- Mas o homem não terá medo outra vez, se lhe acontecer alguma coisa nova?
- Não. Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque, em vez do medo, ele adquiriu a clareza... uma clareza de espírito que apaga o medo. Então, o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada lhe oculta.
“E assim ele encontra seu segundo inimigo: a Clareza! Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega.”
“Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança de que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso porque é claro e não para diante de nada porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta.
- O que acontece com um homem que é derrotado assim, Dom Juan? Ele morre por isso?
- Não, não morre. Seu inimigo acaba de impedi-lo de se tornar um homem de conhecimento. No entanto, a clareza, pela qual ele pagou tão claro, nunca mais se transformará de novo em trevas ou medo. Será claro enquanto viver, mas não aprenderá nem desejará nada.
- Mas o que tem de fazer para não ser vencido?
- Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar, acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isso não será um engano. Não será um ponto diante da vista. Será o verdadeiro poder.
“Ele saberá a essa altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é a ordem. Vê tudo o que está em volta. Mas também encontrou seu terceiro inimigo: o Poder!”
“O poder é o mais forte de todos os inimigos. E naturalmente a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. “Um homem nesse estágio quase nem nota seu terceiro inimigo se aproximando.
- E ele perderá o poder?
- Não, ele nunca perderá sua clareza nem seu poder.
- Então o que o distinguirá de um homem de conhecimento?
- Um homem que é derrotado pelo poder morre sem realmente saber manejá-lo. O poder é apenas uma carga em seu destino. Um homem desses não tem domínio sobre si, e não sabe quando ou como usar seu poder.
- A derrota por algum desses inimigos é uma derrota final?
- Claro que é final. Uma vez que esses inimigos dominem o homem, não há nada que ele possa fazer.
- Será possível, por exemplo, que o homem derrotado pelo poder veja seu erro e se emende?
- Não. Uma vez que o homem cede, está liquidado.
- Mas, e se ele estiver temporariamente cego pelo poder, e depois o recusar?
- Isso significa que a batalha continua. Isso significa que ele ainda está tentando ser um homem de conhecimento. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.
- E como o homem pode vencer seu terceiro inimigo, Dom Juan?
- Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido, na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem seu controle sobre si, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo está controlado. Então, saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo.
“O homem estará, então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo: a Velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotar completamente, mas apenas afastar.”
“É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciências de clareza de espírito... um momento em que todo seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar. Se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele se afundar na fadiga, terá perdido o último round, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil. Seu desejo de se retirar dominará toda sua clareza, seu poder e sabedoria.”
“Mas se o homem sacode sua fadiga, e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra o seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento são o suficiente.”
“Pessoal, acredito que durante o nosso curso passamos por vários momentos de angústia, portanto quero compartilhar o resumo do livro que li. “A Erva do Diabo” de Carlos Castanheda (Editora Nova Era) Que poderá nos ajudar a uma reflexão sobre nosso processo de formação. Para adquirirmos conhecimento temos que vencer muitas barreiras, mesmo assim não podemos dar por encerrado, temos que buscar sempre. Sinto que não se trata de etapas lineares e sim circulares quando vencemos um inimigo deparamos com outro. Dominar o medo é difícil, mas factível, quanto aos demais é muito difícil. O homem nunca tornará o detentor do conhecimento, deve estar sempre aberto para aprender mais e mais...”
... Inimigos do homem de conhecimento ...
- Quando um homem começa a aprender, ele nunca sabe muito claramente quais seus objetivos. Seu propósito é falho; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem.
“Devagar, ele começa a aprender... a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. “E assim ele se depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o Medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando, à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto um fim à sua busca.
- O que acontece com o homem se ele fugir com medo?
- Nada lhe acontece, a não ser que nunca aprenderá. Nunca se tornará um homem de conhecimento. Talvez se torne um tirano, ou um pobre homem apavorado e inofensivo; de qualquer forma, será um homem vencido. Seu primeiro inimigo terá posto um fim a seus desejos.
- E o que pode ele fazer para vencer o medo?
- Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e, no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si.
- Isso acontece de uma vez, Dom Juan, ou aos poucos?
- Acontece aos poucos e, no entanto o medo é vencido de repente e depressa.
- Mas o homem não terá medo outra vez, se lhe acontecer alguma coisa nova?
- Não. Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque, em vez do medo, ele adquiriu a clareza... uma clareza de espírito que apaga o medo. Então, o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada lhe oculta.
“E assim ele encontra seu segundo inimigo: a Clareza! Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega.”
“Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança de que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso porque é claro e não para diante de nada porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta.
- O que acontece com um homem que é derrotado assim, Dom Juan? Ele morre por isso?
- Não, não morre. Seu inimigo acaba de impedi-lo de se tornar um homem de conhecimento. No entanto, a clareza, pela qual ele pagou tão claro, nunca mais se transformará de novo em trevas ou medo. Será claro enquanto viver, mas não aprenderá nem desejará nada.
- Mas o que tem de fazer para não ser vencido?
- Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar, acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isso não será um engano. Não será um ponto diante da vista. Será o verdadeiro poder.
“Ele saberá a essa altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é a ordem. Vê tudo o que está em volta. Mas também encontrou seu terceiro inimigo: o Poder!”
“O poder é o mais forte de todos os inimigos. E naturalmente a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. “Um homem nesse estágio quase nem nota seu terceiro inimigo se aproximando.
- E ele perderá o poder?
- Não, ele nunca perderá sua clareza nem seu poder.
- Então o que o distinguirá de um homem de conhecimento?
- Um homem que é derrotado pelo poder morre sem realmente saber manejá-lo. O poder é apenas uma carga em seu destino. Um homem desses não tem domínio sobre si, e não sabe quando ou como usar seu poder.
- A derrota por algum desses inimigos é uma derrota final?
- Claro que é final. Uma vez que esses inimigos dominem o homem, não há nada que ele possa fazer.
- Será possível, por exemplo, que o homem derrotado pelo poder veja seu erro e se emende?
- Não. Uma vez que o homem cede, está liquidado.
- Mas, e se ele estiver temporariamente cego pelo poder, e depois o recusar?
- Isso significa que a batalha continua. Isso significa que ele ainda está tentando ser um homem de conhecimento. O indivíduo é derrotado quando não tenta mais e se abandona.
- E como o homem pode vencer seu terceiro inimigo, Dom Juan?
- Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido, na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem seu controle sobre si, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo está controlado. Então, saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo.
“O homem estará, então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo: a Velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotar completamente, mas apenas afastar.”
“É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciências de clareza de espírito... um momento em que todo seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar. Se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele se afundar na fadiga, terá perdido o último round, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil. Seu desejo de se retirar dominará toda sua clareza, seu poder e sabedoria.”
“Mas se o homem sacode sua fadiga, e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra o seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento são o suficiente.”
sábado, 9 de abril de 2011
Saber em Ação
Optamos em colocar parte do portifólio de Thaysa, pelo fato da mesma ter vindo de outra faculdade, para ela foi um experiência satisfatória ter entrado em uma turma acolhedora que hoje a satisaz tanto. Foi um novo olhar sobre as relações que tanto prezamos e investigamos ao longo de nosso curso. Segue abaixo partes desse relato:
"O sonho de cursar psicologia finalmente se tornou realidade".
"Minha meta era ir para PUC e tentei transferência de PROUN"I.
. "Foi um misto de alegria e tristeza o que me acometeu, pois consegui uma bolsa para estudar, entretanto em uma instituição que eu mal ouvi falar e esse nome era o que viria contar no meu currículo ( Metropolitana)".
"Minha meta era ir para PUC e tentei transferência de PROUN"I.
"Chegar na PUC foi uma sensação maravilhosa de conquista. Todavia, me senti como acredito que uma criança que chega pela primeira vez na escola se sente, com medo de como seria recebida e sem saber como me comunicar com aquelas pessoas. Receava já que eles se conheciam há um período e provavelmente as “panelinhas” já estavam formadas. Sentei-me no meio da sala e observava as pessoas ao meu redor se abraçando e conversando, um alvoroço só. Uma garota se aproximou de mim e com muita simpatia se apresentou e quando contei ter vindo de outra faculdade e que seria daquela turma agora, ela resolveu me apresentar a cada uma daquelas pessoas. Fui bem recebida e logo já estava participando do alvoroço".
"O diferencial do São Gabriel, com o enfoque social e discussões abrangentes acrescentam muito ao nosso conhecimento e formação. Aliás, não compreendo até hoje o diferencial que se tem nos currículos da PUC, mas não tenho dúvida que a escolha pelo São Gabriel foi certeira. Aqui encontrei amigos, uma formação acadêmica que me satisfaz e me apaixona cada vez mais".
segunda-feira, 4 de abril de 2011
GRUPO UM NOVO OLHAR
Texto do retirado do portifolio da aluna Dayse na integra.
" E assim se deu a minha caminhada, comecei a trabalhar aos quinze anos, em comércio, logo depois casei e completei o ensino médio. Fui trabalhar em escritório onde permaneci por oito anos cuidando da parte administrativa, até que senti a necessidade de ter uma profissão. Como estava cansada daquela rotina de escritório procurei por algo me possibilitasse autonomia, foi quando fiz o curso profissionalizante de Massoterapeuta.
" E assim se deu a minha caminhada, comecei a trabalhar aos quinze anos, em comércio, logo depois casei e completei o ensino médio. Fui trabalhar em escritório onde permaneci por oito anos cuidando da parte administrativa, até que senti a necessidade de ter uma profissão. Como estava cansada daquela rotina de escritório procurei por algo me possibilitasse autonomia, foi quando fiz o curso profissionalizante de Massoterapeuta.
Fiquei muito animada com a opção de ter uma profissão, mudei de empresa para atuar na área, mas fiquei apenas dois meses, percebi que não queria isto para a minha vida. Então diante deste período de turbulência, pois a regra era clara não podia ficar desempregada, fui trabalhar como operadora de telemarketing.
Trabalhar nesta empresa foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, pois para crescer era preciso estar estudando, foi quando comecei a pensar em fazer uma faculdade. Mas como voltar a estudar depois de tanto tempo? Não tinha condições para fazer cursos preparatórios, então a escolha pelo curso se deu levando em conta a duração, precisava ser algo rápido e que não fosse muito concorrido.
Concluí então a faculdade de Gestão de Recursos Humanos, curso tecnólogo. Penso que viver “neste novo mundo”, acadêmico, foi uma experiência única, mágica. Adorava cada dia que passava, achava o máximo esta troca de experiência e de conhecimento. Tudo me fascinava.
Após o curso resolvi validar a minha graduação com uma pós-graduação. Optei pela área da Psicologia. Durante o curso conheci profissionais de várias áreas, pois o mesmo era aberto para outras áreas e cada um contribuía com a sua opinião baseada na sua formação, e em contrapartida era muito interessante o modo como os professores psicólogos conduziam tudo o que era exposto e acrescentavam as suas idéias sempre deixando a pessoa à vontade.
Não tive dúvidas, terminei a pós e solicitei a obtenção de novo titulo para psicologia. Eu comecei muito animada, com uma visão completamente diferente do papel do psicólogo, e da maneira como as aulas eram conduzidas pelos professores psicólogos. Pensava que era um curso bem tranqüilo, onde você não precisaria se expôr, falar em público obrigada, o que acontece na apresentação de trabalhos. Pensava que o psicólogo estava ali para ajudar as pessoas através de conselhos, que ele conseguiria resolver todos os problemas do sujeito, como se o profissional era possuidor de um saber que ajudaria as pessoas a serem mais felizes, evitaria o sofrimento, enfim tudo muito fantasioso."
Comentário do Grupo: Este texto foi escolhido para demonstrar a importância da continuidade dos estudos além da graduação para a consolidação da carreira do profissional no mercado.
Comentário do Grupo: Este texto foi escolhido para demonstrar a importância da continuidade dos estudos além da graduação para a consolidação da carreira do profissional no mercado.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Grupo Catarse
O presente artigo nos fala sobre a forma desacertada pela qual aceleramos nossos processos urbanos e de como nos esquecemos de uma nova psicologia, como temos estudado em Teorias Sistêmicas, o chamado Agroecossistemas (visão da psicologia sobre o meio ambiente).
Hoje o ser humano vive constantemente assolado pela escassez dos recursos, pela degradação do meio ambiente e pela população. E esses problemas, não podem ser vistos e analisados isoladamente; o homem precisa ver o mundo como um todo integrado, e não como um conjunto de partes, ele precisa tomar decisões que devem atuar em conjunto com o desenvolvimento cultural, religioso, social e claro ecológico, com vista a gerar e sustentar um ambiente natural sadio.
É imprescindível, portanto, cultivar na humanidade uma responsabilidade ecológica, exigindo-se dela uma mudança de paradigma, de pensamento e de valores.
Nosso grupo indica a leitura do texto contido no link abaixo e convida a uma reflexão sobre esse tema emergente.
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Grupo Catarse (Diane, Fabiana, Kênia, Regina, Roberta e Vânia)
Hoje o ser humano vive constantemente assolado pela escassez dos recursos, pela degradação do meio ambiente e pela população. E esses problemas, não podem ser vistos e analisados isoladamente; o homem precisa ver o mundo como um todo integrado, e não como um conjunto de partes, ele precisa tomar decisões que devem atuar em conjunto com o desenvolvimento cultural, religioso, social e claro ecológico, com vista a gerar e sustentar um ambiente natural sadio.
É imprescindível, portanto, cultivar na humanidade uma responsabilidade ecológica, exigindo-se dela uma mudança de paradigma, de pensamento e de valores.
Nosso grupo indica a leitura do texto contido no link abaixo e convida a uma reflexão sobre esse tema emergente.
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Grupo Catarse (Diane, Fabiana, Kênia, Regina, Roberta e Vânia)
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