domingo, 31 de outubro de 2010

GRUPO ΨNSIGHT

Esta é uma resenha sobre o livro “Pedagogia da educação” de Paulo Freire.

Em um portfólio sobre um curso de graduação não poderia deixar de mencionar a esplêndida forma de aprendizado descrita por Freire e retratada por alguns educadores inclusive por um professor do 3º período “Olavo” pelo curso que faço graduação e pelo qual aprende gostar e respeitar todo o conhecimento de freire.

Resenha

Paulo Freire nos transmite um sinal de alerta para a educação para o ato de ensinar, sobre a responsabilidade em que os professores têm de passar o conhecimento e não apenas em ensinar, mas como se ensinar.

Os seres humanos nascem diferentes, independente de classe ou cor, com isso pensamos diferentes um do outro, do mesmo modo ao aprender somos diferentes cada pessoa aprende do seu modo, mesmo que a aplicação seja a mesma, cada pessoa absorve do seu jeito de acordo com a sua subjetividade.

É nesse ponto que Paulo nos mostra a dialética entre o aluno e o professor como a maneira de ensinar não pode ser de modo pragmático e único não tem uma formula certa como alguns professores é preciso ter prazer em ensinar a busca pela melhor maneira, para que haja uma compreensão de modo geral e não passar por cima daqueles alunos que não compreenderam. Para Paulo ensinar e aprender andam juntos é como uma troca de mercadoria onde o aluno aprende com o professor e viça e versa. Ensinar é uma arte que deve ser passada com prazer, o professor tem que despertar a curiosidade do aluno para a vontade de aprender assim se tornar capaz de transformar e construir o conhecimento, esse modo citado é o verdadeiro modo de ensinar onde existe prazer onde o conhecimento não é apenas introjetado, mas, transformado e construindo de maneira coerente ao mo de cada pessoa.

Ao ensinar é preciso ter ética e compromisso de como ensinar, pois os alunos estão em processo de formação então todo o cuidado é pouco, por exemplo, um aluno desmotivado que chega a escola e encontra um professor que age de maneira pragmática que simplesmente da à aula e se aprendeu bem e dá continuidade para a próxima matéria, não importando com aqueles que não conseguiram aprender o que foi dado. O aluno perde o resto de esperança que lhe restava para com os estudos por isso os educadores podem influenciar nos alunos positivamente ou negativo.

Conclusão

Contudo podemos dizer que os educadores fazem parte da formação da sociedade não sendo um papel fácil e de muita responsabilidade e ética, onde Paulo Freire chama a atenção dos educadores para que eles busquem conquistar seus alunos para que o ensino seja com construção em conjunto.

Texto retirado do portifólio de Cleidison da Silva

GRUPO ΨNSIGHT

Ao escolhermos este artigo, queremos chamar mais uma vez a atenção de todos, para a questão da violência infantil, que a cada dia fere nossas crianças. O artigo nos fala que este problema é uma questão de saúde pública devido à elevada incidência epidemiológica e aos sérios prejuízos para o desenvolvimento das vítimas.


Contudo, neste mês de outubro que é dedicado as crianças, tenhamos nossos olhares voltados para estes pequeninos que tem direito a uma vida digna e respeitosa.

Artigo: Abuso sexual infantil e dinâmica familiar: aspectos observados em processos jurídicos.


Autores: Luiza F. Habigzang; Silvia H. Koller; Gabriela Azen Azevedo; Paula Xavier Machado.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

ScieloBrasil

Link: http://www.scielo.br/pdf/ptp/v21n3/a11v21n3.pdf

FORMAÇÃO PROFISSIONAL

 Bicho de Sete Cabeças

O filme, bicho de sete cabeças, trata realidades vividas por nós mesmos. A falta de diálogo entre pais e filhos, mostra o retrato da vida real de muitos jovens, e a situação dos pais que não sabem o que fazer, os negligentes e cruéis tratamentos de instituição de reabilitação, enfim denuncia as atrocidades ocorridas em nossa sociedade.



Mostra o que a falta de diálogo, e confiança entre pai e filho pode levar. A falta de conhecimento de uma vida em manicômio, desonestidade e falta de ética de alguns profissionais.

 
É lamentável, mas devemos e podemos mudar isso. Pelo mesmo não só devemos formar profissionais de Psicologia, mas sim profissionais que após a graduação, que quem pensa que acabou, está muito enganado, pois é só o início, nós como profissionais devemos sempre procurar aperfeiçoar intelectualmente para buscar colocar a prática á excelência.
http://www.bichodesetecabecas.com.br/

REFLEXÕES DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE BEATRIZ CARVALHO

GRUPO PSIQUE EM CONSTRUÇÃO

sábado, 30 de outubro de 2010

PSIQUE EM CONSTRUÇÃO: POSTAGEM DE PORTIFÓLIO LILIANE RIBEIRO

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DAS NEUROCIÊNCIAS PARA A PSICOLOGIA

 O presente trabalho tem como pressuposto, compreender o que é neurociência e identificar sua relação e importância para a psicologia, de acordo com o livro “ O cérebro nosso de cada dia”.

De acordo com o livro de Herculano, podemos conceituar a neurociência, como uma ciência que estuda todo o nosso sistema nervoso; sua estrutura, o seu funcionamento, o seu desenvolvimento, suas alterações; e o que mais nós chama atenção como futuros psicólogos, a relação com o comportamento e a mente humana.

Podemos constatar que neurociência para a psicologia é fundamental, pois ela irá nos ajudar a esclarecer fatos que só com a psicoterapia, sem os conhecimentos na área da neurociência, não conseguiríamos desvendar, pois após realizar uma psicoterapia com conhecimentos em neurociência e for observado uma possível alteração cerebral, procuraremos e contaremos com o auxílio de um médico, do qual irá nos ajudar a descobrir se há alguma lesão cerebral ou algo que só com a psicoterapia não conseguiríamos desvendar, então através de exames de neuroimagem, e logo após realizar os devidos exames, irá encaminhar para um adequado tratamento, seja com psicotrópicos; pois eles são de fundamental importância, muitas vezes irão ser de tamanha importância para pessoas em crise das quais não possam freqüentar uma terapia, pois assim ela poderá precisar de uma intervenção medicamentosa, para ajudá-la a funcionar um pouco melhor. Ou se for adequado para o quadro, somente tratar com psicoterapia de base cognitivo-comportamental.
Aprofundando um pouco nos conhecimento e mistérios do cérebro humano, podemos observar que há pessoas que pensam que só precisamos de 10% do nosso cérebro, um dos motivos deve ser pelo fato de o cérebro ser um órgão pequeno nas suas medidas, representando só 2% do peso do nosso corpo. Mas não é bem assim, o cérebro é grandioso em importância, ele é responsável em planejar e executar movimentos, compreender a linguagem, armazenar memórias, expressar emoções, aprendizagem, entre outras é toda dele. O cérebro como todo é fundamental para uma boa intervenção psicológica, é onde concentra todas as funções mentais e cognitivas de uma pessoa.
Não há qualquer razão científica para supor que usamos 10% do nosso cérebro. Nem 10% dos nossos neurônios. Nem 10% da nossa capacidade. Todas as evidências sugerem o contrário: usamos nosso cérebro inteiro. ( HOUZEL, 2002, p.23)
Para um bom funcionamento cerebral, mental, interação e percepção do mundo, é necessário, que toda estrutura cerebral esteja funcionando adequadamente, sem lesões, sem perdas de massa encefálicas, neurônios e também sem perdas dos sentidos. E para que haja esse bom funcionamento, o cérebro irá contar também com a ajuda dos nossos cinco sentidos, dos quais são a porta de entrada para o cérebro: o tato, olfato, visão, audição e o paladar; eles possuem células que fazem a tradução das sensações e as envia para o cérebro para ser dada a interpretação.

Os sentidos são a porta de entrada para o cérebro que sozinho não é capaz de detectar grandes coisas. ( HOUZEL, 2002, p.43)
Como os estudos, observações, experimentos laboratoriais; os neurocientistas testarão e confirmaram que para uma boa plasticidade cerebral, bom desenvolvimento, modelamento cerebral, manutenção e para se evitar uma possível atrofia, o cérebro necessita de estimulação normal e variada dos sentidos.

Centenas de artigos científicos já demonstraram como a estimulação normal e variada dos sentidos é importante para o desenvolvimento normal do cérebro. Na verdade os estímulos são tão importantes para modelar o cérebro que, muito antes de os sentidos começarem a funcionar, o cérebro dá seu jeitinho de já ir se entretendo: falando sozinho. ( HOUZEL, 2002, p.46)
Se alguma parte desse complexo sistema não vai bem, não estiver trabalhando adequadamente, nosso corpo juntamente com a mente irão ser influenciados por essas anormalidades, assim prejudicando a vida do sujeito e possivelmente desenvolver uma doença ou até mesmo um tumor. E um exemplo desse mal funcionamento é doença de Alzheimer, na qual ocorre um perda de neurônios e conseqüentemente perda de memória.
O mal de Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que leva

à perda de memória e à demência em decorrência da morte de neurônios em certas regiões do cérebro. ( HOUZEL, 2002, p.183)

CONCLUSÃO:

Constatamos após realizar uma análise minuciosa do livro “ O cérebro nosso de cada dia”, que a neurociência é fundamental para auxiliar, se necessário, no desempenho e desenvolvimento de uma análise psicológica, pois após identificar anormalidades cerebrais, com a ajuda dos conhecimento na neurociência, nós psicólogos saberemos como melhor direcionar nosso trabalho psicológico.


REFLEXÃO CRÍTICA - PORTIFÓLIO

Conhecimento nessa área tem fundamental importância para nós psicólogos. Pois em uma psicoterapia, saberemos distinguir alterações neurológicas de alterações decorrentes de fatores ambientais, assim direcionando e facilitando nossa intervenção.

PISQUE EM CONSTRUÇÃO: POSTAGEM DE PORTIFÓLIO DE GISELLE DE ANDRADE

Cartas a um jovem terapeuta

Quando estava no primeiro período, a professora de Psicologia Ciência e Profissão leu uma parte do livro Cartas a um jovem terapeuta, que dizia assim:


Pois bem, se por alguma razão é importante par você se alimentar no reconhecimento e no agradecimento infinito dos outros, então não escolha a profissão de psicoterapeuta. Por duas razões.


Primeiro, na vida social, o psicoterapeuta não encontra nada parecido com a espécie de gratidão que, em geral, é reservada ao médico (caso um agradecimento preventivo, caso acabemos em suas mãos). O psicoterapeuta encontra uma atitude (nem sempre escondida por trás da polidez dos costumes) que é uma mistura de temor com escárnio. Funciona assim, ao redor das mesas de jantar: “Puxa, este cara, aqui ao meu lado, é psicocoiso; vai ver que ele sabe ou entende sobre mim e minhas motivações mais do que eu mesmo sei e certamente mais do que eu gostaria que os outros soubessem”. A medida protetora mais banal é o ataque: Ah, você é psicanalista? Justamente acabo de ler uma matéria, onde é que era?... Sabe, daqueles americanos que provam que a psicanálise é uma baboseira, você leu? (Calligaris, 2008, p. 5)



Quando a professora leu essa parte do livro, me interessei muito, pois, assim com muitos colegas de sala estava ouvindo muitas criticas a respeito da profissão que tinha escolhido. Mas, essas criticas além de me deixarem desanimadas elas reafirmaram a escolha que fiz e eu pude ver como as pessoas não conhecem realmente o trabalho do psicólogo e não tem consciência da importância da psicologia.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Meu filho tem amigos imaginários

No nosso mundo, cada vez mais, está sendo incluido de coisas que achamos totalmente fora do comum  ou da época, mas que a graças a Psicologia isso está podendo mudar.

Aí vai um caso que tem acontecido frequentemente com as crianças.

Meu filho tem amigos imaginários

Como parte do desenvolvimento do comportamento infantil, temos presente, a partir do segundo ano de vida, o mundo do “faz de conta” de forma paralela ao mundo real, o qual se apresenta cheio de vivências fantasiosas, as chamadas fantasias infantis. Esta fase de vida da criança se estende até os 6 anos dela aproximadamente. Nessa fase, geralmente, os pais notam que os filhos criam os amigos invisíveis, com os quais brincam, conversam e até guardam doces ou comidas. Num primeiro momento parece algo “fora do normal”, mas, para lidar com o mundo real que ainda é muito difícil de ser aceito e também assimilado, a criança passa a criar seu próprio mundo, o qual lhe permite viver e encontrar solução para tudo e onde tudo é possível.




A criança faz seus pensamentos mágicos e suas projeções, vivenciando suas fantasias e suas conversas secretas, aprendendo a lidar com um mundo subjetivo, ou seja, começa a perceber aspectos ligados à abstração, como por exemplo, que cabeça-dura não é apenas uma cabeça dura como pedra, e sim, uma expressão que significa alguém teimoso.



É o que aparece nesse mundo do faz de conta; nele a criança “conviverá” com os mitos, os super-heróis, as lendas, tendo sentimentos de medo, de choro, de risadas súbitas, cujo objetivo é ajudá-la no desenvolvimento.



É importante lembrar aos pais que, como toda fase de desenvolvimento, esta também vai passar, ou seja, por volta dos 6 ou 7 anos de idade; quando as funções de memória, lógica e inteligência já estão com um desenvolvimento mais avançado, tais fantasias tendem a passar.



A partir dessa época, a criança passa a vivenciar sensações de angústia e ansiedade, as quais, muitas vezes, são mais intensas do que podemos imaginar e nem sempre estão ligadas a experiências anteriores, mas sim, ligadas ao próprio desenvolvimento infantil. Você se lembra quando foi para a escola pela primeira vez? Para alguns indivíduos esse evento foi muito desejado e esperado? Já para algumas crianças, ir para escola foi extremamente triste e difícil por terem dificuldade de conviver com outras pessoas que não o pai e a mãe.



Ao expressar seus medos (escuro, novas situações, da chuva, do vento forte ou de qualquer situação desconhecida) a criança mostra toda a fragilidade daquilo que não consegue dominar ou perceber a fonte. Portanto, cria seu próprio universo, seu mundo de fantasia, no desejo de resolver seus medos, trabalhar suas angústias e seus desejos, dando vida aos brinquedos, dando vozes aos seus bonecos. Por volta dos três anos de idade, ela inventa um companheiro imaginário para conversar e brincar. Geralmente este personagem é bom, prestativo e é dirigido e comandado por ela, o que lhe dá uma sensação de controle e poder.



Se você perceber bem, quantas vezes já pegou sua filha dando bronca nas bonecas assim como você faz como ela? E seu filho, reproduzindo cenas de violência que vê na TV ou mesmo em casa, com seus soldadinhos fortes e poderosos?



Fique alerta para o cuidado com janelas ou objetos que possam gerar algum perigo para os filhos. Lembro-me de uma amiga cujo filho, vestido de homem-aranha, subiu na janela do apartamento para tentar saltar, pois ele tinha “poderes mágicos” de escalar paredes e ele não cairia. Ufa! Que susto!



Nesses momentos vividos pela criança, faz-se necessário o redobrar de cuidados, principalmente com janelas ou objetos que ofereçam perigo, pois ela pode se sentir tentada a imitar o modo de atuar de seus personagens.



Lembre-se de que não apenas os pais querem ter sucesso no papel de cuidadores e responsáveis pelo crescimento da criança, mas, da mesma forma, esta expressa seus conflitos e suas angústias no seu modo de brincar, de reagir com o grupo; como o adulto, ela [criança] tem alta expectativa de não decepcionar os genitores, que são as figuras mais importantes e dos quais ela tem grande dependência física e emocional.



O que quero dizer com tudo isso é que você pai e você mãe podem aprender muito conhecendo as fases de desenvolvimento da criança e, com isso, estabelecer um relacionamento próximo e com muito amor e compreensão, algo essencial para o crescimento emocional sadio de uma criança.
 
Nome: Alessandra Aguiar Fernandes
Grupo: Psicopensando

Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito

APRESENTAÇÃO DA ALUNA

Alessandra Aguiar Fernandes

Sou Alessandra e tenho 23 anos. Estou no sexto período de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Escolhi esse curso porque sempre fui fascinada pelos “mistérios da mente” e acredito que, escolhendo a Psicologia como profissão, exercerei a função de conhecer o outro, por meio do qual, muitas vezes, conhecerei melhor a mim. Além disso, esse curso tem disciplinas voltadas à compreensão das pessoas, o que indica, indiretamente, a compreensão de questões particulares, o que está fazendo com que eu trilhe também o caminho do autoconhecimento. Acima de tudo, meu intuito é me dedicar à minha escolha e exercer essa profissão com profissionalismo, disciplina e, principalmente, ética.

“Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito”.





Em suma, posso afirmar que sou uma pessoa motivada, interessada e com disposição para ingressar em novos desafios. Reconheço que tenho muito que aprender. Todavia, é com o objetivo de adquirir novos conhecimentos e ser uma boa profissional é que percorro, sem desistir, esse caminho, que não é fácil, mas que é instigante.

.“Peço-lhe que pare de ficar se desculpando por ter a profissão mais importante do mundo.”

William G. Carr







PERCURSO DA APRENDIZAGEM DA ALUNA



Descrever minha trajetória escolar é um trabalho que nunca imaginei que faria, mas que pode ser uma tarefa interessante, e, como citado, proporcionar um maior autoconhecimento e trazer à tona momentos escolares importantes e que devem ser considerados.

Eu era uma criança extremamente nervosa até os 02 (dois) anos e 06 (seis) meses. Queria permanecer, constantemente, com meus pais e não aceitava ficar com outros familiares. Por isso, eles (meus pais) concluíram, por bem, que eu deveria ser introduzida no contexto escolar, para que eu conhecesse outras crianças e desenvolvesse relações com outras pessoas do círculo social no qual estava inserida.

Assim, com 03 (três) anos, ingressei em uma escolinha infantil, o que, segundo relatos de meus pais e familiares, alterou significativamente minha maneira de agir com outras pessoas, tornando-me, em seguida, uma criança tranqüila e que relacionava-se bem com os demais sujeitos do meu meio social.

Desde essa fase escolar, fui incentivada a dedicar-me aos estudos, já que, de acordo com meus pais, o estudo era o que poderia proporcionar-me um “futuro” onde eu não dependeria, pelo menos financeiramente, de outras pessoas. Além disso, para eles, o conhecimento, adquirido através dos estudos, é o único bem que nenhuma pessoa consegue retirar de uma pessoa. A minha dedicação pela escolar sempre foi guiada por essa frase.

Um momento bastante marcante em minha “vida escolar” foi o ano no qual realizei o terceiro período pré-escolar, onde, apesar de ser considerada uma das melhores alunas, tinha uma grande dificuldade na utilização das letras M e N antes das consoantes, o que fez com que minha professora pedisse a presença de um responsável na escola, no que compareceu minha mãe. Após a conversa entra as duas (mãe e professora), minha professora ensinou-me uma música da qual nunca esqueci e que tornou-se de grande valia para meu contexto escolar, que ainda estava por vir.

Durante o ensino fundamental, fui uma aluna extremamente dedicada aos estudos, tornando-me uma das alunas com maiores notas na sala, o que sempre causou-me uma sensação intensa de prazer. Certamente, meus resultados originavam extrema satisfação em meus pais, resultados estes que faziam com que eles (pais) tivessem ainda mais vontade de comprar livros e enciclopédias e incentivassem-me a lê-los. Não obstante, em hipótese nenhuma, nesse momento escolar, senti-me sobrecarregada. Pelo contrário, esse investimento de meus pais fez com que, hoje, eu seja uma pessoa que aprecia a leitura e, nos momentos em que há tempo disponível, leia obras pelas quais interesso-me. Além disso, cresci vendo meus pais apreciando a leitura, o que também foi estimulante.

Nesse período escolar, fui considerada, por vários colegas de classe, como uma aluna “certinha”, “CDF”, “crânio” e, por isso, muitos desses colegas queriam fazer provas e trabalhos comigo. Eu sempre achei importante ter um boletim com altas notas e, quando aproximavam-se as datas de provas e trabalhos, ficava extremamente preocupada, já que apresentava uma necessidade, particular, de sempre tirar “total” nas provas e trabalhos escolares. O mais interessante é que nenhuma pessoa, em meu contexto, pressionou-me para que eu fosse a “melhor aluna da classe”. Ao contrário, e isso especialmente pelo meu pai, que, desde essa época, até hoje, apelidou-me de “Caxias”: essas pessoas sempre afirmavam que a minha dedicação aos estudos ultrapassava, até certo ponto, os limites, já que não conseguia suportar a idéia de tirar uma nota baixa (Nota baixa, para mim, nesse momento escolar, era 08 em 10!). Essa demanda em ser um “modelo de aluna” sempre foi particular.

No ensino médio, pouca coisa em meu contexto escolar alterou-se. Continuei dedicando-me fielmente aos estudos, fazendo o possível para ser uma excelente aluna. Durante os campeonatos escolares, onde várias classes que estavam na mesma série disputavam entre si, fiquei, em todos eles, em primeiro lugar, o que fazia com que os professores me citassem como exemplo. Todavia, o que me vangloriava não era o fato que causar “boa impressão” nos professores, e sim, em mim.

O momento de mudança brusca na vida escolar foi minha inserção no contexto acadêmico, já que, a partir daí, vi-me sem tempo de dedicar-me, da maneira como eu sentia que deveria, aos estudos, impossibilitada por diversos motivos, especialmente o trabalho que, cada vez mais, fazia (e faz) com que minha disponibilidade para os estudos diminua consideravelmente, o que frustra-me, muitas vezes. A entrada em uma universidade foi uma das minhas metas mais almejadas e, a não dedicação a esse processo, torna-se decepcionante. Apesar disso, tento, ao máximo, usufruir todo o conhecimento fornecido no meio acadêmico, já que atuar como psicóloga, ou em qualquer outra profissão exige, acima de qualquer coisa, dedicação e persistência.

Quando soube que teríamos uma disciplina que tratava da associação entre psicologia e Educação, interessei-me prontamente, antes mesmo que tivesse início o semestre letivo.

Acho realmente atraente a área educacional, apesar desta não ser, no momento, a minha opção para uma futura atuação como profissional.

Apesar desse pronto interesse, sou uma pessoa extremamente resistente a seminários, já que tenho dificuldade de expressar-me (mesmo sabendo o conteúdo) e de estar atenta a todas informações fornecidas pelos colegas.

Contudo, não há como questionar a importância e a qualidade dos temas abordados pela disciplina, tão indispensáveis para a formação não somente do psicólogo, mas de um profissional comprometido com a educação e todas as conseqüências que ela tem. Verifiquei quão escassos são os psicólogos que atuam nessa área, devido a uma infinidade de fatores, afirmando ainda ser fundamental profissionais qualificados e habilitados para atuarem na área educacional, o que foi amplamente abordado nas aulas.

Outro ponto extremamente relevante, a meu ver, é, mesmo que inicialmente sendo bastante resistente, consegui me expressar com mais firmeza e tranqüilidade, pois, até então, tinha sérios problemas na apresentação de trabalhos e seminários. Nessa disciplina, onde tornou-se necessário que todos os integrantes do grupo falassem, ajudou-me nesse aspecto.

E, finalmente, afirmo o quanto foi enriquecedora e brilhante a discussão da turma com a professora, onde ambas as partes colocaram seus pontos de vista e serem respeitados, o que gerou uma comunicação mais pacífica entre os alunos e professora. Em toda a trajetória acadêmica, foi a primeira vez que a turma conseguiu posicionar-se de forma tão eficaz. Ficam, assim, meus sinceros agradecimentos a você, Glória, pelas diversas oportunidades de crescimento.



Aluna: Alessandra Aguiar Fernandes - Noite
Grupo: Psicopensando

Postado por Gestão & Cuidado Noite às 12:03 0 comentários Enviar por e-mail BlogThis! Compartilhar no Twitter Compartilhar no Facebook Compartilhar no Google Buzz

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Livro: Por um fio

Para este mês o grupo Caleidoscópio indica a leitura do livro "Por um fio".

Drauzio Varella (2004) em seu livro “Por um Fio”, relata diversas experiências em seus mais de 30 anos de trabalho junto ao Hospital do Câncer em São Paulo. Afirma que nada transforma tanto o homem quanto a constatação de que seu fim pode estar perto, sendo uma das indagações mais comuns entre os pacientes: “Por que comigo?”

Para Varella o diagnostico de uma doença fatal é um divisor de águas que altera radicalmente o significado do que nos cerca: relações afetivas, desejos, objetos, fantasias, e mesmo a paisagem. 

Durante sua obra Varella descreve com clareza de detalhes as principais transformações ocorridas tanto nos pacientes, quanto em seus familiares, além da equipe médica. Leva o leitor a refletir sobre a complexidade deste sistema. Pois lidar com pacientes com câncer demanda um preparo profissional muito grande, principalmente psicológico, além da necessidade de grande amadurecimento no que diz respeito à visão e compreensão da finitude humana, incluindo obrigatoriamente a própria morte.

VARELLA, Drauzio. Por um fio. São Paulo: Companhia das letras, 2004.

Grupo Caleidoscópio.

Portifólio - Humanização hospitalar

Carta: ...você sabe do Celso ? ...
(Caso verídico)
- Bom dia, é da recepção? Eu gostaria de falar com alguém que me desse informações sobre um paciente. Queria saber se certa pessoa está melhor ou piorou...
- Qual o nome do paciente?
- Chama-se Celso e está no quarto 302.
- Um momentinho, vou transferir a ligação para o setor de enfermagem...
- Bom dia, sou a enfermeira Lourdes. O que deseja?
- Gostaria de saber as condições clinicas do paciente Celso do quarto 302, por favor!
- Um minuto, vou localizar o médico de plantão.
- Aqui é o Dr. Carlos plantonista. Em que posso ajudar?
- Olá, doutor. Precisaria que alguém me informasse sobre a saúde do Celso que está internado há três semanas no quarto 302.
- Ok, meu senhor, vou consultar o prontuário do paciente... Um instante só! Hummm! Aqui está: ele se alimentou bem hoje, a pressão arterial e pulso estão estáveis, responde bem à medicação prescrita e vai ser retirado do monitor cardíaco até amanhã. Continuando bem, o médico responsável assinará alta em três dias.
- Ahhhh, graças a Deus! São notícias maravilhosas! Que alegria!
- Pelo seu entusiasmo, deve ser alguém muito próximo, certamente da família!?
- Não, sou o próprio Celso telefonando aqui do quarto 302!
É que todo mundo entra e sai desta merda deste quarto e ninguém me diz coisa nenhuma.
Eu só queria saber como estou....

Esta carta me marcou muito ....

Aluna: Luciana Faluba Rodrigues / Caleidoscópio

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito

APRESENTAÇÃO DA ALUNA
Alessandra Aguiar Fernandes
Sou Alessandra e tenho 23 anos. Estou no sexto período de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Escolhi esse curso porque sempre fui fascinada pelos “mistérios da mente” e acredito que, escolhendo a Psicologia como profissão, exercerei a função de conhecer o outro, por meio do qual, muitas vezes, conhecerei melhor a mim. Além disso, esse curso tem disciplinas voltadas à compreensão das pessoas, o que indica, indiretamente, a compreensão de questões particulares, o que está fazendo com que eu trilhe também o caminho do autoconhecimento. Acima de tudo, meu intuito é me dedicar à minha escolha e exercer essa profissão com profissionalismo, disciplina e, principalmente, ética.
“Aprendi que na vida o que vale é fazer bem feito”.


Em suma, posso afirmar que sou uma pessoa motivada, interessada e com disposição para ingressar em novos desafios. Reconheço que tenho muito que aprender. Todavia, é com o objetivo de adquirir novos conhecimentos e ser uma boa profissional é que percorro, sem desistir, esse caminho, que não é fácil, mas que é instigante.
.“Peço-lhe que pare de ficar se desculpando por ter a profissão mais importante do mundo.”
William G. Carr



PERCURSO DA APRENDIZAGEM DA ALUNA

Descrever minha trajetória escolar é um trabalho que nunca imaginei que faria, mas que pode ser uma tarefa interessante, e, como citado, proporcionar um maior autoconhecimento e trazer à tona momentos escolares importantes e que devem ser considerados.
Eu era uma criança extremamente nervosa até os 02 (dois) anos e 06 (seis) meses. Queria permanecer, constantemente, com meus pais e não aceitava ficar com outros familiares. Por isso, eles (meus pais) concluíram, por bem, que eu deveria ser introduzida no contexto escolar, para que eu conhecesse outras crianças e desenvolvesse relações com outras pessoas do círculo social no qual estava inserida.
Assim, com 03 (três) anos, ingressei em uma escolinha infantil, o que, segundo relatos de meus pais e familiares, alterou significativamente minha maneira de agir com outras pessoas, tornando-me, em seguida, uma criança tranqüila e que relacionava-se bem com os demais sujeitos do meu meio social.
Desde essa fase escolar, fui incentivada a dedicar-me aos estudos, já que, de acordo com meus pais, o estudo era o que poderia proporcionar-me um “futuro” onde eu não dependeria, pelo menos financeiramente, de outras pessoas. Além disso, para eles, o conhecimento, adquirido através dos estudos, é o único bem que nenhuma pessoa consegue retirar de uma pessoa. A minha dedicação pela escolar sempre foi guiada por essa frase.
Um momento bastante marcante em minha “vida escolar” foi o ano no qual realizei o terceiro período pré-escolar, onde, apesar de ser considerada uma das melhores alunas, tinha uma grande dificuldade na utilização das letras M e N antes das consoantes, o que fez com que minha professora pedisse a presença de um responsável na escola, no que compareceu minha mãe. Após a conversa entra as duas (mãe e professora), minha professora ensinou-me uma música da qual nunca esqueci e que tornou-se de grande valia para meu contexto escolar, que ainda estava por vir.
Durante o ensino fundamental, fui uma aluna extremamente dedicada aos estudos, tornando-me uma das alunas com maiores notas na sala, o que sempre causou-me uma sensação intensa de prazer. Certamente, meus resultados originavam extrema satisfação em meus pais, resultados estes que faziam com que eles (pais) tivessem ainda mais vontade de comprar livros e enciclopédias e incentivassem-me a lê-los. Não obstante, em hipótese nenhuma, nesse momento escolar, senti-me sobrecarregada. Pelo contrário, esse investimento de meus pais fez com que, hoje, eu seja uma pessoa que aprecia a leitura e, nos momentos em que há tempo disponível, leia obras pelas quais interesso-me. Além disso, cresci vendo meus pais apreciando a leitura, o que também foi estimulante.
Nesse período escolar, fui considerada, por vários colegas de classe, como uma aluna “certinha”, “CDF”, “crânio” e, por isso, muitos desses colegas queriam fazer provas e trabalhos comigo. Eu sempre achei importante ter um boletim com altas notas e, quando aproximavam-se as datas de provas e trabalhos, ficava extremamente preocupada, já que apresentava uma necessidade, particular, de sempre tirar “total” nas provas e trabalhos escolares. O mais interessante é que nenhuma pessoa, em meu contexto, pressionou-me para que eu fosse a “melhor aluna da classe”. Ao contrário, e isso especialmente pelo meu pai, que, desde essa época, até hoje, apelidou-me de “Caxias”: essas pessoas sempre afirmavam que a minha dedicação aos estudos ultrapassava, até certo ponto, os limites, já que não conseguia suportar a idéia de tirar uma nota baixa (Nota baixa, para mim, nesse momento escolar, era 08 em 10!). Essa demanda em ser um “modelo de aluna” sempre foi particular.
No ensino médio, pouca coisa em meu contexto escolar alterou-se. Continuei dedicando-me fielmente aos estudos, fazendo o possível para ser uma excelente aluna. Durante os campeonatos escolares, onde várias classes que estavam na mesma série disputavam entre si, fiquei, em todos eles, em primeiro lugar, o que fazia com que os professores me citassem como exemplo. Todavia, o que me vangloriava não era o fato que causar “boa impressão” nos professores, e sim, em mim.
O momento de mudança brusca na vida escolar foi minha inserção no contexto acadêmico, já que, a partir daí, vi-me sem tempo de dedicar-me, da maneira como eu sentia que deveria, aos estudos, impossibilitada por diversos motivos, especialmente o trabalho que, cada vez mais, fazia (e faz) com que minha disponibilidade para os estudos diminua consideravelmente, o que frustra-me, muitas vezes. A entrada em uma universidade foi uma das minhas metas mais almejadas e, a não dedicação a esse processo, torna-se decepcionante. Apesar disso, tento, ao máximo, usufruir todo o conhecimento fornecido no meio acadêmico, já que atuar como psicóloga, ou em qualquer outra profissão exige, acima de qualquer coisa, dedicação e persistência.
Quando soube que teríamos uma disciplina que tratava da associação entre psicologia e Educação, interessei-me prontamente, antes mesmo que tivesse início o semestre letivo.
Acho realmente atraente a área educacional, apesar desta não ser, no momento, a minha opção para uma futura atuação como profissional.
Apesar desse pronto interesse, sou uma pessoa extremamente resistente a seminários, já que tenho dificuldade de expressar-me (mesmo sabendo o conteúdo) e de estar atenta a todas informações fornecidas pelos colegas.
Contudo, não há como questionar a importância e a qualidade dos temas abordados pela disciplina, tão indispensáveis para a formação não somente do psicólogo, mas de um profissional comprometido com a educação e todas as conseqüências que ela tem. Verifiquei quão escassos são os psicólogos que atuam nessa área, devido a uma infinidade de fatores, afirmando ainda ser fundamental profissionais qualificados e habilitados para atuarem na área educacional, o que foi amplamente abordado nas aulas.
Outro ponto extremamente relevante, a meu ver, é, mesmo que inicialmente sendo bastante resistente, consegui me expressar com mais firmeza e tranqüilidade, pois, até então, tinha sérios problemas na apresentação de trabalhos e seminários. Nessa disciplina, onde tornou-se necessário que todos os integrantes do grupo falassem, ajudou-me nesse aspecto.
E, finalmente, afirmo o quanto foi enriquecedora e brilhante a discussão da turma com a professora, onde ambas as partes colocaram seus pontos de vista e serem respeitados, o que gerou uma comunicação mais pacífica entre os alunos e professora. Em toda a trajetória acadêmica, foi a primeira vez que a turma conseguiu posicionar-se de forma tão eficaz. Ficam, assim, meus sinceros agradecimentos a você, Glória, pelas diversas oportunidades de crescimento.

Aluna: Alessandra Aguiar Fernandes - Noite









A TRAJETÓRIA

GRUPO PSICONVERSAS

Extraído do portifólio de Weder F. Coelho




     Meu nome é Weder F. Coelho, sou aluno da PUC Minas, estou no 6º período do curso de psicologia.
Estou montando um portfólio tendo o objetivo de promover uma construção de conhecimento, juntamente com o Blog da disciplina, pois, esses servirão de ferramentas reflexivas, sobre a minha trajetória acadêmica, ou seja, o que já foi construído, e quais os caminhos e os veículos utilizados por mim até os dias de hoje para a construção do saber, e ainda, trazendo minhas expectativas quanto ao curso e análise da minha própria trajetória.


     Considero como trajetória acadêmica, desde o início do meu aprendizado, que começou na minha casa, onde recebi os primeiros ensinamentos da minha irmã, lembro do meu primeiro dia de aula no pré-primário, eu estava aterrorizado com a idéia de ser deixado ali na escolinha, chorava muito, porém, em poucos minutos, já estava familiarizado com o ambiente, desde então, levei a sério os estudos até terminar o ensino médio. Na mesma época do término do ensino médio, comecei a estudar e trabalhar com a música, um dos motivos pelo qual fiquei treze anos sem me envolver sequer com alguma atividade acadêmica.

     O meu retorno as atividades acadêmicas aconteceu por que talvez eu tenha sido motivado pelo meio, ou seja, o ciclo de pessoas que conheço por ser eclético, encontram-se também intelectuais e “formadores de opinião”, além disso, sou apreciador do conhecimento, seja ele nas suas mais variáveis, enfim, comecei o curso de psicologia, e logo no primeiro período, fiquei fascinado com as disciplinas na área de humanas.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

GRUPO CONHECIMENTO QUE TRANSFORMA

Breve Reflexão Sobre as Práticas Educacionais

Freire (1978) expõe a educação como prática bancária, afirmando que essa se constitui em uma modalidade na qual o educador deposita conteúdos nos educandos, cabendo aos últimos, a memorização e reprodução do que lhes foi depositado. De acordo com o autor supracitado, esse modelo de educação é destituído de criatividade e suprime o processo de construção e troca de saber. Durante os anos escolares, também fui formatado pela prática bancária de educação. Por diversos momentos, busquei um sentido transformador para as disciplinas que me eram apresentadas, mas não obtive eficácia na conexão entre os conteúdos escolares e minha existência. Diante disso, salvo algumas restritas exceções, estudei apenas para não ser reprovado. E no momento atual, meu questionamento é: Eu falhei ou a escola falhou?
Em alguns momentos de meu percurso na Universidade, presenciei algumas práticas da educação bancária, para as quais também contribuí. No entanto, penso na Universidade como espaço para a construção de saberes, articulados a práticas, para que não haja um abismo entre academia e os diversos outros campos que a permeiam. Para tal, penso que se faz necessária a criação de espaços que provoquem a criatividade. Posto isso, percebo o nosso Blog como um espaço capaz de potencializar as nossas criatividades, proporcionando a construção individual e coletiva do saber.

REFERÊNCIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1978.

Extraído do Portifólio de Fabiano Mendonça

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

II SEMANA DE CIÊNCIA, ARTE E POLÍTICA - PSIQUE EM CONSTRUÇÃO

Iremos abordar através desta postagem um tema importante e enriquecedor para nossa formação. Durante o mês de setembro na PUC Minas- São Gabriel ocorreu a “Semana de Ciência, Arte & Política”. É um evento anual que tem como propósito promover o debate de temas contemporâneos e criar espaços de interação entre professores, alunos e a comunidade.


Falaremos sobre um tema “ Testes Psicológicos na Atualidade” ministrado por alguns monitores do laboratório de avaliação psicológica desta instituição e orientado pela professora Mirelle França Michalick Triginelli.


Os Testes psicológicos são uma das mais típicas técnicas de avaliação, que se caracterizam como medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento. Vários autores enfatizam a importância de um melhor preparo na utilização dos testes psicológicos, enquanto outros afirmam que é necessário que os instrumentos apresentem qualidades psicrométricas, pois só assim seus resultados serão confiáveis. Essa melhor qualidade diz respeito ao embasamento teórico dos testes, aos estudos de padronização, e à verificação sua validade e precisão. Por isso, é necessário conhecer o teste, estudá-lo para em seguida aplicá-lo.


O tema “Testes Psicológicos na Atualidade” teve como objetivo apresentar aos alunos do curso de Psicologia alguns testes utilizados atualmente e no que consistem estes instrumentos de avaliação. Os testes apresentados foram: QSG - Questionário de Saúde Geral de Goldberg, é um teste concebido para avaliar o nível de saúde mental das pessoas. Há cinco fatores específicos que são avaliados: estresse psíquico, desejo de morte, distúrbio do desempenho, distúrbio do sono e doenças psicossomáticas.


Wisconsin- Classificação de cartas WCST, aplicado em crianças e adolescentes e também utilizado como instrumento neuropsicológico por causa das funções executivas.

Relato da trajetória de formação que precede a disciplina: Por Giselle P. Andrade

Aproximadamente quando tinha quatorze anos, uma amiga comentou comigo que seus pais tinham se separado e que ela estava indo a uma psicóloga. A partir daí comecei a pensar nessa profissão como uma forma de trabalho que me possibilitaria ajudar as pessoas. Comecei a pesquisar sobre a psicologia, ler e ainda tive a ousadia de ler A interpretação dos sonhos de Freud, embora não entendi muito, comecei a me apaixonar pela psicanálise e tive a convicção de que era a profissão que eu iria seguir. Quando terminei o ensino médio fiz vestibular na UFMG e não passei, embora o meu sonho era fazer psicologia na Puc, fiquei um ano sem estudar e nem trabalhar, e vi que não era tão fácil como parecia, mas não desisti. No ano seguinte comecei a estudar e a trabalhar, passei na prova do vestibular, mas como eu decidi muito cedo o que eu iria fazer da minha vida me veio uma “dúvida”, será que é isso mesmo?


Entrei na faculdade, conheci pessoas novas, e demorou um pouco, mas consegui me adaptar a nova rotina: trabalho e estudo. Era tudo muito diferente, tudo novo, e me assustei um pouco com a Estatística, não imaginava encontrar no curso de psicologia uma matéria que envolvesse fórmulas e cálculos, mas consegui fazer a matéria. Entretanto, quando comecei a estudar Fisiologia e Neuroanatomia fiquei fascinada, e meu interesse pela psicologia aumentou. No estágio supervisionado I, visitei instituições que trabalham com menor infrator e escrevi um artigo sobre, o que foi muito importante, pois tenho vontade de conhecer e fazer algo para ajudar, e quem sabe esse foi um começo para mais tarde fazer um trabalho com esses menores infratores. Das muitas experiências que tive na faculdade, a que mais gostei foi o meu projeto de pesquisa sobre Saúde Mental, que é uma área da psicologia que sempre me chamou a atenção, e depois de fazer entrevistas no CERSAM e conhecer um pouco das temáticas que rodeia a Saúde Mental, eu me interessei ainda mais pelo assunto. Com a realização desse projeto de pesquisa, eu percebi que é um assunto que eu gosto e que me motiva a escrever, eu já havia pensado em fazer a minha monografia sobre Saúde Mental, e com essa experiência eu puder ter a certeza de que eu posso fazer uma boa monografia no final do curso a respeito desse assunto.


Ao longo do curso comecei a estudar as outras matérias, comecei a conhecer as muitas áreas que a psicologia atua, e hoje no 6º período posso afirmar com toda certeza, que fiz a escolha certa. Apesar da minha paixão pela psicanálise e pela clínica, eu espero durante a minha vida trabalhar também com outras áreas da psicologia que também me encantaram, e espero durante e depois da graduação fazer um bom trabalho, pois, gosto muito e acredito na profissão que escolhi para minha vida.


Grupo Psique em Construção

Grupo Conexão

“Vamos acabar com a idéia de que mundo
psicológico não tem nada a ver com mundo
social. Que sofrimento psíquico não tem
nada a ver com condições objetivas
de vida.” ( Ana Bock)



Queremos compartilhar o artigo “A psicologia a caminho do novo século: identidade profissional e compromisso Social” que aborda dados relevantes para nossa formação.

A autora, Ana Mercês Bahia Bock, desenvolveu sua pesquisa através de três aspectos: um pequeno resgate histórico sobre o vínculo da Psicologia com a sociedade brasileira, buscando caracterizar sua relação com esta sociedade; em seguida, desenvolver a perspectiva da profissão comprometida com a realidade social, apresentando alguns critérios para se julgar o compromisso social de práticas e saberes da Psicologia, além da defesa de que a Psicologia, como saber e fazer, se desenvolva sempre vinculada à sociedade que a acolhe; e para finalizar, trazer a questão da identidade profissional do psicólogo, partindo do princípio de que identidade deve ser sempre vista como metamorfose e como movimento permanente de transformação. O texto pretende ser uma defesa de uma identidade para os psicólogos que seja movimento e transformação, porque é reflexo do vínculo que a Psicologia deve manter com a sociedade, que está sempre em movimento, vínculo este de compromisso com as necessidades e demandas da maioria da população brasileira.

“Queremos estar em busca permanente, em movimento sempre. Queremos que o movimento seja nossa identidade e que a inquietação seja nosso lema.” (Ana Bock)

Segue link do artigo citado acima:

domingo, 17 de outubro de 2010

Reflexão


Grupo Psiconversas

 Extraído do portífolio de Thais Aparecida


            Um misto de sensações e sentimentos me invade agora.
            Pensar na guerra particular que, cada vez, faz mais e mais vítimas.
            Ainda não existe uma definição do que me invade ao certo:
Se é o medo de não saber o que fazer;
Se é o medo de fazer agoe e nada conseguir;
Se é medo das pessoas que sabem de tudo isso, fingirem que nada vêem;
Se eu temo pelas crianças que produzimos em casa, perfeitos bibêlos, perfeitas replicas de nós e do nosso sistema, completamente alienadas a realidade do mundo, e, que vão se haver com ela quando subirem os morros para buscar sua DROGA pra curtir um BARATO;
Não sei se é uma vontade pulsante de ser um ser humano melhor, de crescer, de repensar, de refletir, de buscar outro sentido e de fato olhar os seres como gente.
            De acreditar em e ter mais fé em Deus esse cara que agora tenho a sensação que olha só pra mim tamanha a abundância de amor, de alimento, de vida, de vontade própria, de pode decidir o que eu quero, quando quero e de que maneira quero.
            De olhar pro céu e questionar o que é isso, de onde vem isso, o porque disso, e onde vamos com tudo isso.
            Saber que logo ali, ali na parada 174, vamos olhar pro Sandro e desmoronar porque não temos respostas, ou melhor, não temos SOLUÇÃO!
            Em  uma tarde, tudo aconteceu naquele onibus, percebemos ali por exemplo, o que a falta de ser amado, a história de uma vida miserável, unidos a um insight, uma arma, VITÍMAS!
            Mas aquelas pessoas foram vitimas por uma tarde, ai vem a pergunta, e a vitima da vida toda? E as vítimas de nós mesmos? E as vítimas do sistema? A polícia, os bandidos, a sociedade!
            E a constituição, pra quê?
            Consigo sentir agora, assim, um boneco, uma peça de um sistema de interesses,  uma massa produzida a pensar igual, uma alienação TOTAL E DESIGUAL.
            Algo se torna angustiante diante da utopia mas, as pessoas precisavam conhecer o amor da maneira que eu conheço. É preciso que o amor no seres e pelos seres, abram as portas para a transformação.
            E eu agora sinto vontade de dar uma aula de amor, de como é bom ser amado.
            Não o amor que aprisiona mas aquele outro tipo, aquele que liberta, que dá asas. Aquele que na verdade nem sei, se sei amar.
            Olho pra fora e penso, só o amor não basta, so o amor na adianta mas, ser amado, ser querido e ser respeito talvez, tivesse acontecido outras paradas mais não a PARADA 174.
            Ainda estou abafada, afobada, afogada nesse revolto mar de medo, dúvida, incerteza, e o principal COMO SER UM SER HUMANO?!

Reflexão acerca:

Documentário: Ônibus 174
Brasil 2002   cor150 min 
Produção Direção José Padilha
Co-direção Felipe Lacerda
Roteiro José Padilha
Género documentário
Idioma original português
Música Sacha Amback e João Nabuco
Cinematografia Marcelo Duarte e Cézar Moraes
Edição Felipe Lacerda
Distribuição Zazen Produções
Lançamento 22 de outubro de 2002.

SOARES, Luiz Eduardo. (2004). Juventude e violência no
Brasil contemporâneo. In: NOVAIS, Regina e Vannuchi.
Paulo. Juventude e sociedade (Orgs.). São Paulo, Editora.
Fundação Perseu Abramo.








sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Aos Mestres com Carinho....

Ensinar
é um exercício
de imortalidade.
De alguma forma
continuamos a viver
naqueles cujos olhos
aprenderam a ver o mundo
pela magia da nossa palavra.
O professor, assim, não morre
jamais...
Rubem Alves


Hoje quero falar de inquietação.
Da inquietação que vem de maneira sutil e forjada, através daqueles que assumem a missão de provocar, de instigar em nós, o desejo pelo conhecimento.
Se ao longo da caminhada encontramos pessoas que nos fazem crescer e contribuem, cada um a seu modo, para que nos tornemos melhores do que já fomos, é certo que os mestres se encontram entre estes.
Prof. Mirelle ( Teo.Des. Criança e Neuropsicologia, 2º e 5º período)

Sim, posso dizer que encontrei em meu caminho verdadeiros Mestres!
Pessoas que mais que ensinar, me causaram inquietação, me fizeram abrir os olhos e aprender coisas novas. 
Mais que isso, posso dizer que alguns me ensinaram a abrir os olhos, e enxergar de um modo novo tantas coisas.
MESTRES... 

Prof. Olavo (Psicologia da Aprendizagem 3º período)

Em minha formação, ponte entre a pessoa que um dia eu fui, e àquela que busco ser.
Esta mensagem é uma forma de agradecer...
Agradecer pelos ensinamentos, pela paciência, pela compreensão, pela dedicação.
Aos que se tornaram mais que Mestres, e que hoje podemos chamar de amigos. 
Agradecer pelo simples fato de um dia terem cruzado nosso caminho. 
Agradecer por tornar o fardo menos pesado, e transformar o medo do desconhecido em um desejo de crescimento, desejo de ser um profissional melhor e completo.

Prof. Eduardo Cillo ( Análise Experimental do Comportamento 3º período)
Acredito que falo aqui por muitos, e expresso o carinho de vários.
Mas agradeço por mim.
Pelos exemplos, de profissionais e de pessoas que foram.
Por palavras, incentivos, por me fazerem acreditar a cada dia mais na minha escolha.
Escolho hoje, 15 de outubro, dia dos professores, para escrever esta página do meu portfólio e registrar a admiração e o carinho por aqueles que contribuíram e contribuem em meu processo de formação.
Prof. Flávio (Filosofia 1º período)

Agradeço a Deus pelos profissionais que encontrei em meu caminho, e os admiro pela simplicidade, cumplicidade, e pelo exemplo.
Aqui, encontram se alguns que foram muito especiais ao longo do caminho.
 É claro que existem outros, e muitos ainda estão por vir... 
Mas estes, representam bem os exemplos que cito aqui.
São vocês os responsáveis por me manter no caminho.
Os responsáveis por me apaixonar a cada dia mais pela Psicologia,
 e o responsáveis por eu acreditar que sim...
O conhecimento vale muito à pena!
Obrigado...
Aos meus eternos Mestres com carinho!

Extraído do Portfólio de Daniela Santos -  Ψ Grupo PsiConversas

Grupo ApropriAção

Olá futuros Psicólogos!!!! Como todos sabem o envelhecimento é inevitável e o Brasil está se tornando um país cada vez mais de idosos, devido alguns fatores como o baixo índice de naturalidade e as melhorias e investimentos na área de saúde.O envelhecimento condiciona o ser humano a um progressivo decréscimo nas funções fisiológicas, em particular as funções cerebrais, favorecendo o aparecimento de transtornos mentais típicos e mais comuns da velhice como a demência, depressão, ansiedade, delírio e transtornos psicóticos.Pensando nesta realidade que está cada vez mais evidente, os profissionais psicólogos precisam se preparar para auxiliar no cuidado dos idosos e no cuidado dos seus cuidadores. A responsabilidade de cuidar do idoso na maioria das vezes cabe a família, e está tem um desgaste físico e mental muito grande, acabam se preocupando demais com o cuidado dos idosos e se esquecem de cuidar delas mesmas. O Artigo abaixo se refere a um Programa de apoio aos cuidadores e uma ação terapêutica e preventiva na atenção á saúde dos idosos. Vale á pena ler rsrsrs 
 
 

sábado, 9 de outubro de 2010

Grupo Psiconversas " UM MODELO COMPORTAMENTAL DE ANÁLISE DE SONHOS"

O artigo mostra com o behaviorismo percebe o fenômenos internos, sonhos.  Delimitando assim sua importância para
a disciplina a sua relação com o Inconsciente.  O texto é muito interessante apesar de ser chato, ele nos dá noção de como
é feita a Terapia comportamental da analise dos sonhos na clínica .  E também a posição de Skinner diante das críticas que
falam que o Behaviorismo Radical nega estes fenômenos, o que não é verdade. Leiam.... voces vão amar... este estimulo discriminante.
Ediel Ramos


referencias;
.http://www.terapiaporcontingencias.com.br/pdf/helio/sonhos.pdf

Gestão & Cuidado - Noite: Pisconversas "PORQUE EU ODEIO RH"

Gestão & Cuidado - Noite: PORQUE EU ODEIO RH: "O texto é um artigo jornalistico, e relata sobre a questão da Gestão do RH, e o papel que o departamento assume na empresa, o RH deve ter um..."

PORQUE EU ODEIO RH

O texto é um artigo jornalistico, e relata sobre a questão da Gestão do RH, e o papel que o departamento assume na empresa, o RH deve ter uma característica de ser o mentor das ações da empresa e não ficar apenas preocupado com beneficios a serem oferecidos, o texto sugere tercerizar estes serviços como elaboração da folha de pagamento, apuração de pontos e outros. O texto citar o RH como lugar privilégiado dentro da empresa sendo cabeça. E muitos empresários desprezam a função do RH e o não convida para reuniões decisivas. Tudo isto porque o psicológo especializado em RH não gosta de gestão da empresa e não participa .  Não se imagina trabalhando com números, planilhas de analise de balanços e mercado econômico.  Então o cargo de gerente de RH não atrai profissionais estratégicos, ou seja os melhores profissionais. ficando sempre a desejar e caberá aos futuros psicologos organizacionais mudar esta visão preconceitosa de RH.
referencia;
http:/ www.vocesa.com.br/cultura 2005

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

GRUPO PSICOPENSANDO

Olá, pessoal!

Nós do Grupo Psicopensando, iremos abordar nesta postagem um tema bastante importante debatido durante a “Semana Ciência, Arte & Política” no mês de setembro aqui na PUC do São Gabriel. Foi uma semana bastante enriquecedora para nossa formação, principalmente neste momento tão especial em que somos convidados a refletir sobre os caminhos da Psicologia pelos quais queremos passar... A discussão destes assuntos (arte, ciência e política) que parecem tão distintos, obviamente não é algo que se afasta da Psicologia, uma vez que nossa profissão está inserida de diversas maneiras em todos eles, como estamos aprendendo ao decorrer do curso e com os temas abordados nas postagens do nosso Blog até o momento. Sendo assim, por falar em disciplinas e em Política, recentemente abordamos o tema Políticas de Saúde, na disciplina Psicologia e Políticas Públicas e gostaríamos então de permanecer um pouco mais neste assunto. Falaremos de um artigo da revista Psicologia e Sociedade, da psicóloga (professora, doutora e com pós doutorado) Regina Benevides (UFF - Universidade Federal Fluminense), cujo título é “A PSICOLOGIA E O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: QUAIS INTERFACES?”. O tema vem bem a calhar, pois no artigo a autora fala que poderia abordar sobre a Psicologia e sua história, os diversos campos de atuação, sua localização do campo das Ciências Humanas e não da Saúde e ainda sobre a separação das correntes da Psicologia e entre todas elas com a Psicanálise. Porém, o que chama a atenção da autora é o fato de que tais práticas de atuação voltada para o sujeito como objeto de estudo, se mantém despolitizadas, sendo que este vive em sociedade e a Política não é uma questão social? A autora traz ainda, aspectos muito importantes a serem pensados e discutidos: “Como pensar nas práticas dos psicólogos ainda classificadas em áreas de atuação que se definem pela separação e, muitas vezes, pela desqualificação umas das outras: escolar, comunitária, clínica, do trabalho, judiciária? Como pensar a formação do Psicólogo em tempos de banalização da injustiça social? (Dejours, 1999)4 O que propor como diretrizes para sustentar uma posição ética que não se abstraia de seus compromissos políticos?”. Muito bem, somos chamados à responsabilidade de reconhecer que independentemente do campo que vamos atuar, também somos sujeitos sociais e principalmente, capazes de interferir na relação de outros sujeitos a partir do nosso trabalho. Para isso, precisamos pensar em como fazê-lo e falar um pouco do SUS neste momento, é conscientizar sobre a inseparabilidade entre CUIDAR E GERIR (Gestão e Cuidado), como nos alerta a autora. Portanto, boa leitura e boas reflexões!


Ler o artigo: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v17n2/27040.pdf

GRUPO PSICOPENSANDO

Grupo Conexão

A  Semana de Ciência, Arte & Política realizada nos dias 13 a 17 de setembro na unidade São Gabriel da Puc Minas foi uma semana com muitas propostas para debate de temas contemporâneos com convidados que contrubuiram bastante para a construção do conhecimento.
Dentre tantas propostas de trabalho, foi interessante o workshop ministrado pelo professor Alexandre Kaitel sobre Gestalt Terapia.
Neste Workhop destacou-se a participação de estudantes de outros cursos como administração, direito e sistema de informação. No evento se fez presente uma postura de respeito destes estudantes para com as técnicas apresentadas. Uma vez que é comum em workshops um maior contato com a prática, poderia ocorrer de algum estudante, que não tenha familiaridade com a abordagem e com as teorias que a fundamentam, banalizar os exercícios propostos. Contudo, mesmo os não estudantes de Psicologia mantiveram interesse e participaram ativamente. Progressivamente buscamos apresentar a eficácia do trabalho "psi" e participar os demais profissionais nesta busca é um convite para a construção de conhecimento de forma coletiva. A Semana de Ciência, Arte & Política foi com certeza uma oportunidade para partilharmos informação e edificar juntos nossas descobertas.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Portifólio - Psicopensando

Reflexões iniciais sobre a minha formação

Apresentação:

Erika, 24 anos, psicóloga em formação.
Atualmente estou no 6º período do curso da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
A escolha do curso foi a partir de um sonho de usar a “farda branca” da PMMG (QOS). Sempre gostei da área da saúde e aos 12 anos falava em ser psicóloga. Depois isso mudou para Fisioterapia e finalizou com a psicologia.

::: ... ::::

Iniciei no curso de Psicologia no segundo semestre de 2007... E a partir do primeiro período já tinha me apaixonado pelo curso!

No decorrer dos estudos muitas novidades, muitas e muitas leituras... E algumas angústias quanto à minha formação. Afinal, pensava em ser concursada e sabia das dificuldades em ingressar em um concurso público. O mercado de atuação do psicólogo não é tão bem valorizado em termos salariais e isso causava certa “frustração”, mas não tirava a minha paixão.
Cada período é uma “pérola” fascinante pra mim e busco uma formação generalista para focar vários campos de atuação. Acredito que o psicólogo deve ser um profissional informado, atualizado e moderno. Claro que devemos focar na área que mais gostamos inicialmente, mas sempre manter o “leque” de oportunidades abertas.
Algumas matérias me influenciam quanto ao campo de atuação. Gosto muito de testes psicológicos, de aplicar e de corrigi-los. Atualmente, faço estágio na área Organizacional, e isso tem contribuído muito para minha formação e escolha de atuação. Gosto da área de Saúde Mental, da área Educacional... Mas a paixão pela área hospitalar ainda perdura em meu coração...
Enfim, o curso me promove uma boa formação não apenas como mais uma profissional no mercado, mais também faz de mim um ser humano melhor, em constante metamorfose.


“Quando se tem convicção de sua orientação, não se adoece, os outros adoecem.” Giovanette



sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Grupo ΨPsiConversas

(O texto é longo, mas a história vale a pena! rsrs)

“... Porque se chamava homem,
 também se chamavam sonhos,
 e sonhos não envelhecem...”

É com estes versos da música Clube da Esquina II, escrita por Milton Nascimento, Lô e Marcio Borges, que me proponho a fazer as reflexões iniciais sobre a minha trajetória acadêmica. O verdadeiro contexto da música escrita nos tempos de ditadura militar no Brasil expressa a manifestação velada da juventude daquela época e seus anseios por liberdade.
Mas para refletir sobre meus passos até aqui, tomo emprestado os versos dos moços das Minas Gerais, para descrever um sonho e um longo caminho para a sua realização, que em muito se assemelha ao caminho que conduz à liberdade.
Não sei nem dizer bem quando aconteceu a escolha pela psicologia. Sei que, recorrendo à velha e boa memória, consegui resgatar fatos desde a minha infância, que acredito terem me conduzido a este caminho antes mesmo que me apropriasse disso. Lembro-me que na saudosa infância era sempre a mediadora dos conflitos que surgiam nos grupos de coleguinhas, buscava sempre uma forma de ouvir as partes e tentar mediar às pequenas brigas que surgiam, e que mesmo sem a necessidade de alguma intervenção, cessavam algumas horas depois.
O fato, é que ao longo da infância e adolescência mantive esse mesmo tipo de comportamento e crescia em mim um desejo de desenvolver isso, sem nem mesmo saber o que era a psicologia e nem cogitar esse nome até então. Claro que este, não foi o ponto principal para a minha escolha, se fosse mesmo só mediar conflitos, talvez hoje estivesse no Direito.
Mas existem outras coisas...
Fui descobrindo ao longo das minhas relações, em família, na escola, com amigos de uma vida toda, que era apaixonada por pessoas e suas histórias.  Às vezes passava horas com alguém, em passeios, encontros e até mesmo em festas, ouvindo atentamente a histórias de vida, angústias, lamentações, tentando ajudar de alguma forma e dando minhas opiniões e conselhos que julgava serem o que a pessoa precisava naquele momento. 
Acho que a definição pela psicologia surgiu aí, na concepção do senso comum mesmo, de que psicologia era isso, escuta de um problema e um conselho mágico para resolver todas as situações...
Mal sabia eu, onde estes caminhos me levariam.
Mas, o que tudo isso tem a ver com o trecho da música sobre os sonhos não envelhecerem?
Bem, retomemos o caso.
Concluí o meu ensino médio em 2000 e confesso que com muita dificuldade.
Nunca fui exemplo de aluna e de notas boas, sempre me distraía e perdia o interesse facilmente pelas coisas, tive algumas repetências do ensino fundamental ao médio, além de aprontar muito pelos colégios que passei. Mas gostava de desafios. Quando “provocada”, promovia debates interessantes sobre determinados temas e superava os melhores alunos em trabalhos e provas. (Hiperatividade? Talvez. Mas naquela época nem se falava nisso.)
O fato é que nunca fui muito incentivada por minha família e confesso que algumas vezes quando tocava no assunto, cheguei a ser desacreditada.
Até compreendo, analisando que o ensino superior era bem menos acessível que hoje, e era destinado àquelas pessoas que gostavam muito de estudar, o que não era meu caso.
Além disso, existia também a dificuldade financeira citada por muitos em seus portfólios. E comigo não era diferente, sem possibilidade nenhuma de conseguir pagar um curso, o jeito era tentar alternativas para realizar meu sonho, e confesso aqui, um desejo de provar a muitos de que era capaz.
Tomei essa decisão em 2002, e a partir daí, começava uma luta pessoal, estudando em casa, sozinha. Foram três tentativas no vestibular da Federal, três provas do Enem, para conseguir enfim adentrar a faculdade. 
Sobre este período de busca, preciso citar aqui três pessoas, três irmãos, que me instigavam a buscar, a não desistir, e alimentavam meus sonhos com seus exemplos de vida e determinação.  
A primeira, Malú. Formada em pedagogia, me falava sempre da busca, me incentivava e dizia que eu tinha cara de quem cuidava das pessoas, que deveria fazer um curso nesta área.
Marilane, formada em psicologia, começou seu curso neste período da minha busca, sabia que eu tinha a mesma vontade, e quando ia visitá-los, me enchia os olhos com obras de Freud, textos, dicionários de psicologia e fazia aumentar ainda mais a minha vontade.
Etiene formou-se em Jornalismo. Também ele, começou o curso no período da minha busca, e de certa forma, foi dos três, o que mais me provocou inquietação.
Lembro-me que no início de seu curso, o encontrei certo dia na fila do ônibus, neste dia, me dizendo estar satisfeito com o que fazia, apesar de cansado, me perguntou sobre o que eu estava fazendo.
Ao ouvir minha resposta, de que estava tentando, me olhou bem no fundo dos olhos e disse: “Você está deixando o tempo passar!”
Tenho que dizer que isto me causou uma inquietação, e decidi então me dedicar mais.
Sou eternamente grata aos três pela presença em minha vida.
Para minha alegria, um ano depois desta inquietação estava eu, no primeiro período de psicologia da PUC São Gabriel.
Ao entrar na sala me deparei com uma turma jovem, de faixa etária entre 17 e 23 anos, e entre eles, eu, no auge dos meus 29 anos. Acho que era uma das mais velhas da turma, e como um filme, revi toda minha trajetória ali, naquele primeiro dia de aula.  Tentava resgatar o que tinha feito entre os meus 17 e 23 anos, e não senti culpa, pois mesmo não estando na faculdade, nesta fase, tive outras formas de crescimento pessoal e intelectual, mas lembrei-me das palavras de meu amigo Etiene e percebi quanto tempo eu tinha deixado passar. 

Mas apesar de tudo, existia um sonho, o meu sonho!
E como os sonhos não envelhecem, o jeito foi adaptar-me, esforçar e resgatar o tempo perdido.
Hoje posso dizer que tudo aconteceu no tempo certo. A maturidade me permite ter outra visão, sobre a vida, sobre as pessoas e sobre a minha formação.
Mas essa é uma história para ser contada em outra página do meu portfólio de muitas histórias, pessoas e canções...

Um abraço a todos. 


Clique aqui para letra e música,na interpretação de Flávio Venturini


Texto extraído Portifólio de Daniela Santos